Thays Martins
postado em 05/07/2018 15:34
Você sabe quem foi o padre Roberto Landell de Moura? Ele inventou o rádio. Brasileiro, nascido no Rio Grande do Sul, há controvérsias sobre a patente do meio de comunicação, mas o Brasil reconhece o líder católico como o pai da radiofonia. Todas essas informações os estudantes do Centro Educacional do Lago (CEL) descobriram nesse último mês por meio de um concurso de redação, que tinha como tema, a vida e obra do Padre Landell de Moura e seus impactos nos padrões atuais de comunicação.
Os ganhadores receberam a premiação na manhã desta quinta-feira (5). Para cada ano do ensino médio havia a premiação dos três primeiros lugares. O prêmio máximo foi um vale compras na loja Free Corner de R$ 500; para os segundos lugares, R$ 300; e para os terceiros, R$ 100. E os ganhadores foram: 1; ano: Luana Ferreira da Cunha; Thais Barbosa de Sousa; e Guinther P. M. Goequing. 2; ano: Stella Lorrane Guerra de Melo; Karine Hillary Abrantes Lacerda; e Mayara Cordeiro da Costa. Para o 3; ano: Pedro Henrique Rodrigues de Souza; Luciano Cardoso Mascarenhas Alves; e Milena Brenda Marques de Abreu. Os prêmios foram patrocinados pela própria loja Free Corner, a Loja Maçônica Atalaia de Brasília e pelos professores. O concurso foi oragnizado pelos professores Giovanni Grassi, Deise Souza, Katiane Muniz e Bruno Luis.
O ganhador em primeiro lugar do 3; ano, Pedro Henrique Rodrigues, 17 anos, ficou surpreso com a conquista. ;Eu tentei estruturar bem e falar sobre a vida dele que quase ninguém conhece;, diz. O jovem, admite que gosta de escrever e que, por isso, resolveu tentar o prêmio. ;Vai que eu conseguia ganhar, mas também para treinar. É um incentivo para escrever;, conta. O colega dele, Luciano Mascarenhas, 17, que obteve o segundo lugar, concorda. ;Tentei me expressar de forma clara e objetiva. É um treino, para saber se estou preparado para uma redação do Enem e do PAS;, diz.
A aluna Milena Marques, 17, que ficou em terceiro lugar do 3; ano, conta que escutou o conselho da professora: ;Ela disse para não falarmos muito da vida religiosa do padre e escrever sobre os inventos dele, porque as pessoas acham que tem essa richa da religião com ciência. Ele provou que é possível unir as duas coisas;, diz. Ela confessa que não estava muito interessada no prêmio, não. ;Eu pensei que se uma pessoa iria corrigir, eu iria aprender mais. Ninguém conhecia o padre e eu tive a oportunidade de aprender sobre a vida e a obra desse religioso;, ela acrescenta.
Mayara Cordeiro, 17, que ficou em terceiro lugar na premiação das turmas do 2; ano, disse que gostou da competição. ;Aprendi sobre o rádio, um assunto que nunca tinha procurado saber. Como sempre gostei de escrever, achei legal a palestra que assistimos;, afirma.
A ideia, de acordo com o coordenador pedagógico da escola, Vitor Rios Valdez, é o incentivo para que os alunos possam escrever mais e melhor. ;Lançamos no prêmio um vale em materiais esportivos para ser atrativo também;, explica. De acordo com ele, a iniciativa foi uma parceria firmada entre a escola e a Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão (Labra). Colaboradores da Labra foram à escola explicar sobre como funciona uma estação de rádio para os estudantes. ;Inclusive, trouxemos o especialista em Landell de Moura, Ivan Dorneles Rodrigues, para uma palestra na escola;, lembra.
A escola de ensino integral, uma das primeiras do DF a implementar o novo regime, atende cerca de 600 alunos e é cheia de projetos e iniciativas para promover o ensino diversificado. Durante o turno matutino são ministradas as aulas normais e, à tarde, são oferecidas 20 oficinas, como as de texto, de física com música, poema com música e de grafite. ;A ideia é dar mais autonomia para os alunos. E não pode ser uma extensão da aula, tem de ser algo diversificado;, esclarece. Por enquanto, só o primeiro e o segundo anos participam da modalidade de ensino. A partir do ano que vem, será contemplado o terceiro também. E a escola tem até abertura para projetos propostos pelo corpo discente. A horta e as redes sociais são mantidas por alunos, sem necessariamente, ser um projeto da escola. ;Eles nos falam o que estão pensando, definem critérios de avaliação e a gente tenta viabilizar;, explica o professor.
*Estagiária sob supervisão de Ana Sá