Eu, Estudante
postado em 25/07/2018 18:57
A seleção brasileira de futebol pode não ter se destacado no Mundial da Rússia, mas cinco jovens brasileiros estudantes do ensino médio conquistaram a medalha de prata na competição científica mundial. A equipe era formada por Guilhermo Cutrim Costa - Objetivo (SP), Victor Barros - Fortaleza (CE), Gabriel Trigo e Bruno Piazza Valinhos (SP) e Vinicius de Alcântara (SP).
Merece destaque o capitão do time brasileiro, Vinicius de Alcântara Névoa, 16 anos, aluno do segundo ano do ensino médio do Colégio Arena, escola parceira do Sistema de Ensino Poliedro em Goiânia (GO), que integrou a equipe que venceu o IYPT Brasil e liderou a melhor equipe da história do Brasil na Copa do Mundo de Física.
Essa é a maior nota e o melhor resultado histórico do Brasil no International Young Physicists; Tournament (IYPT), realizado em Pequim, na China, o que assegura ao país a posição de protagonismo no cenário internacional.
;Os atletas brasileiros nos enchem de orgulho ao vencerem competições tão acirradas e se sobressaírem aos melhores talentos da física no mundo, isso é fantástico! A física que esses jovens conhecem é algo absurdo para a idade deles;, enfatiza Samuel Araújo, conhecido como professor Argentino, diretor e responsável pelo Departamento de Olimpíadas Cientificas do Colégio Arena.
Por não ser excludente, o torneio reconhece os vencedores pela soma das notas. Sendo assim, foram entregues quatro medalhas de ouro aos times de Singapura, China, Coreia e Alemanha. Na 5; posição, o Brasil somou a mais alta pontuação entre as equipes medalhistas de prata (que ocupam do 5; ao 8; lugares no ranking), desbancando tradicionais campeões como Suíça, Polônia e Suécia.
Em uma semana de intensas disputas nas Physics Fights, sessões em que as equipes de 32 países, quantidade máxima de times classificados na história da competição, debatem-se as resoluções apresentadas para determinados desafios.;Uma equipe desafia a outra com perguntas. E aí tem o Physics Fights, quando as duas equipes disputam oralmente sobre a questão.
A resposta é avaliada pela equipe observadora e o corpo de jurados dá as notas. O IYPT se difere de outras competições para o qual nos preparamos fazendo experimentos e com a base teórica muito forte;, explica o professor.
Construir um sismógrafo, uma Fonte de Heron ou válvula de Tesla, investigar e explicar alguns fenômenos naturais, como quando se tira uma foto de uma lanterna brilhando à noite e podem ser observados raios de luz emanando do centro da lanterna, são alguns exemplos dos desafios abertos e de natureza investigativa apresentados aos estudantes no torneio científico.
O capitão do time se destacou na competição nacional.;O Vinicius é um rapaz que tem uma trajetória muito forte em física, química e matemática. Ele é muito bom mesmo em ciências exatas e se tornou uma referência em Goiânia. Exerceu a função de capitão do grupo, coordenou as estratégias de competição, fundamentais para garantir o bom desempenho;, afirma o professor Argentino.
O jovem comemora: ;Esta foi uma grande responsabilidade e me sinto muito feliz por essa chance de carregar a bandeira do país em uma competição que envolve o mundo inteiro. Demos o nosso melhor e estamos fazendo história com a mais alta prata;.