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Semana Nacional de Ciência e Tecnologia discute redução da desigualdade

A 15° Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) está aberta para visitação até domingo (21). Neste ano, o tema abordado é Ciências para a redução das desigualdades. O evento é coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). As atividades são gratuitas e ocorrem das 8h30 às 18h, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade

Darcianne Diogo*
postado em 16/10/2018 13:46
A 15; Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) está aberta para visitação até domingo (21). Neste ano, o tema abordado é ;Ciências para a redução das desigualdades;. O evento é coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). As atividades são gratuitas e ocorrem das 8h30 às 18h, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.

Coordenadora da semana e diretora de inclusão social do MCTI, Sônia da Costa ressalta que, nesta edição, os organizadores estão mais preparados e aperfeiçoados. ;Eles estão mais preocupados em oferecer maiores experimentos e prática. Não queremos distribuição de folhetos, mas, sim, que as crianças e os jovens participem e interajam;, explica.
Desafio
A SNCT 2018 espera reunir mais de 1.200 instituições cadastradas de todos os estados da federação, além do Distrito Federal. Ao todo, são mais de 4 mil atrações, envolvendo oficinas, estandes expositivos, apresentações culturais, palestras e cursos ofertadas por universidades e instituições de pesquisa, escolas públicas e particulares, institutos de ensino tecnológico, empresas, secretarias estaduais e municipais.

O evento é realizado por meio da Coordenação-Geral de Popularização e Divulgação da Ciência, da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento.

Confira algumas atividades da 15; Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília:

Meninas na Ciência

Uma das atrações mais procuradas na SNCT é o Meninas na Ciência. O projeto é composto por 41 alunas de cursos técnicos e superiores de todo o Brasil, cada uma representando instituições que compõem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Esta é a segunda fase do desafio. No primeiro, elas produziram protótipos de experimentos ou equipamentos que poderão ser utilizados em aulas do ensino médio, nas disciplinas de matemática, física, química e biologia, e apresentaram no ConectaIF deste ano (evento do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia).

Nesta segunda fase, as estudantes terão de reduzir o protótipo para ser guardado em caixas para facilitar a locomoção. Todas elas são divididas em quatro grupos: física, biologia, química e matemática. Na área de física, por exemplo, as meninas estão trabalhando com uma maquete de isopor, por meio da qual abordam densidade, movimento circular, atrito e plano inclinado. Em química, as jovens elaboraram uma espécie de manual para o professor. A apostila serve como um guia de receitas de experimentos.

A representante do Distrito Federal, Stephany Santana, 20 anos, é formada no curso técnico em alimentos, pelo Instituto Federal de Brasília (IFB), no câmpus Gama. A inserção no projeto foi graças a um ex-professor do curso. ;Acredito que fui escolhida para participar por me destacar no que faço.; Para ela, essa é uma oportunidade para crescimento profissional. ;Esse tipo de iniciativa mostra que a mulher pode fazer o que quiser e atuar na ciência. Aqui a gente faz coisas em três dias, que levariam um mês;, conta. Porém, ela destaca que é preciso que haja mais incentivo na ciência, especificamente para mulheres. ;Não deve apresentar isso apenas em uma feira gigante como essa. Deve partir das escolas no geral.;
Stephany Santana é a representante do Distrito Federal no desafio
A coordenadora do desafio e pró-reitora de Pesquisa e Inovação do IFB, Luciana Massukado, explica que a inserção das mulheres nesse tipo de programa contribui para a predominância de atuação em áreas que tem viés masculino. ;Elas saem daqui determinadas, autoconfiantes e multiplicam os conhecimentos que aprenderam nos estados.; Ela destaca ainda a possibilidade do projeto virar um negócio empreendedor. ;Nós vamos sair de algo amador para transformar isso em comercialização. De projeto, vai se tornar um programa.;

Laianne Torres, 21, é aluno do 10; semestre do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). Para ela, participar dessa ação é gratificante. ;A gente vê que a mulher tem muito potencial nessa área e podemos mudar essa visão de que cursar física, química, matemática ou biologia é coisa só para homem;, destaca.

Estande dos Correios

Nesta atividade, as crianças podem se aventurar em um mundo de descobertas por meio da história dos selos postais. Além disso, podem praticar esportes. O estande tem dois espaços: no primeiro, os pequenos recebem um bloco e quatro mini-selos. O objetivo é aprender a observar e manejar os selos, além de treinar a paciência e o cuidado.
No espaço dos Correios, os visitantes podem praticar esportes
Em seguida, as crianças são encaminhadas para uma área esportiva, na qual podem praticar quatro modalidades: rugby, corrida, squash e handebol. Há professores prontos a orientá-las nas regras desses esportes pouco praticados. Segundo a coordenadora do estande, Gláucia Lima, trata-se de uma oportunidade de promover a inclusão social e agregar valores. ;Sabemos que o esporte dá essa possibilidade. É também um modo de ajudar as crianças a identificar o que elas gostam mais de praticar.;

Maker robótica

A empresa Maker Robótica apresenta robôsCom o apoio do Ministério da Educação (MEC), a empresa Maker Robótica montou um estande como forma de divulgar os projetos de robótica. No espaço, os visitantes podem conferir robores ultrassônicos, ultravermelhos, simulador de semáforo, protótipo do carro uber além de outras inovações. O objetivo da firma é conscientizar as instituições de ensino a introduzirem a robótica como disciplina na grade curricular. ;A gente entende que, daqui a pouco, tudo vai ser robotizado. É o famoso profissional 4.0. Em países mais avançados, as crianças já estão sendo treinadas a desenvolver certos tipos de programas;, explicou a coordenadora do projeto, Luciene Nunes.

Espaço Sesc

Com foco em tecnologia social, a área destinada ao Serviço Social do Comércio (Sesc) está dividido em sete estações. Cerca de 70 alunos do ensino fundamental, médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) das cinco escolas do Sesc do DF apresentam projetos em áreas diferentes: reaproveitamento de alimentos, plantas energia renovável, inclusão de pessoas com deficiência na educação e conscientização de água. ;A gente traz a ;ponta do iceberg;. Existe um trabalho nosso, que está sendo feito desde abril, que é de fomento à tecnologia e inovação. Com isso, os alunos se sentem mais entrosados e dispostos a aprender mais;, destaca a coordenadora de educação do Sesc, Amanda Sampaio.
Uma das atrações do espaço Sesc é o simulador de bicicleta
A aluna do 5; ano da Escola Classe 2 do Paranoá Beatriz Andrale, 11 anos, participou de uma das atividades do estande, que consistia em mostrar as crianças como era o dia a dia de um cego nas ruas. Para ela, essa é uma experiência única. ;Uma pessoa com deficiência visual tem momentos difíceis, mas quando tenta, consegue superar. Essas coisas fazem a gente aprender coisas novas e aprendemos mais;, explica.

Outras atrações
Além destas, os vistantes podem conferir outras atrações durante todos os dias, como a oficina de foguetes, simulação do espaço Marte, planetário e um jogo de perguntas, da Agência Espacial Brasileira (AEB). A programação completa da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia pode ser consultada no site: snct.mctic.gov.br/semanact/opencms/programacao/index.html. A consulta também pode ser feita pelo aplicativo Semana Nacional de Ciência e Tecnologia ; SNCT, disponíveis em lojas de apps.
No espaço da AEB, os visitantes podem jogar quiz
Estagiária sob supervisão de Ana Sá*

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