Eu, Estudante
postado em 22/02/2019 19:55
Estudantes e integrantes de movimentos estudantis e sociais tentam promover um debate com o governador Ibaneis Rocha sobre as modificações no recebimento do Passe Livre Estudantil. De acordo com o Movimento Passe Livre (MPL), o convite já foi formalizado, mas não houve cofirmação do governo. Ontem, as lideranças do movimento mantiveram reunião com parlamentares na Câmara Distrital e promoveram ato na Rodoviária do Planto Piloto e seguiram até o Palácio do Buriti. Segundo a Polícia Militar, eram cerca de 150 manifestantes, mas a organização estimou a participação de 500 estudantes.
;O que a gente está pensando em fazer é continuar o diálogo com a Câmara para o projeto de lei que prevê mudança na concessão do Passe Livre Estudantil seja retirado de pauta. E vamos continuar nessa luta e acumulando, cada vez mais força, chamando todos e todas para o movimento de passe livre para poder derrotar isso na rua;, afirma Max Maciel, 35 anos, integrante da Rede Urbana de Ações Sociais (Movimento Ruas).
Manifestação
Max Maciel, que participou da manifestação, percebe a importância do ato. "Mostra que os estudantes estão cientes da perda iminente que pode ocorrer e tenta também mostrar ao governador que não vai ser fácil esse tipo de proposta passar", diz. Segundo ele, a ideia do GDF em economizar R$ 100 milhões não tem cabimento. "Não faz sentido querer economizar e deixar de receber 350 milhões de impostos de IPVA, como quer o governo", diz. Para Max, a intenção é outra: "É claramente uma proposta para fortalecer o transporte individual em vez do coletivo", argumenta.
Entenda o caso
O governo do Distrito Federal (DF) encaminhou à Câmara Legislativa projeto de lei, que prevê a mudança na concessão do Passe Livre Estudantil. Entre essas mudanças, estudantes da rede pública ou os com renda familiar de até três salários mínimos matriculados em instituições particulares deverão pagar um terço do valor da passagem. Os estudantes com renda acima desse valor terão de pagar o valor integral. A estimativa é de uma economia de R$ 100 milhões, de acordo com o governo.