Luiz Philippe Tassy*
postado em 25/10/2019 17:58
[FOTO1]Morreu nesta quinta-feira (24/10) o professor Carlos França, do Centro Educacional Sigma. O docente tinha 67 anos e fazia tratamento contra um câncer descoberto em agosto do ano passado. Conhecido pela irreverência e jeito único de ensinar, França atuou por quase 40 anos na profissão, dos quais mais de 20 ligados ao Sigma.Após a descoberta da doença grave, alunos chegaram a fazer uma campanha de doação de sangue, pois França precisava de um autotransplante de células-tronco por conta das sessões de quimioterapia.
O professor deixa filhos, netos e irmãos. O velório e sepultamento do professor ocorreram nesta sexta-feira (25/10).
Trajetória
Nascido em 18 de março de 1952, em Cavalcante (GO), e formado em história e direito, França foi um dos fundadores e exercia o cargo de vice-presidente do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep). O docente foi um dos pioneiros na defesa da categoria de professores do setor privado de educação, e atualmente, fazia parte do Conselho de Educação do DF.
O Sinproep se manifestou por meio das redes sociais e suspendeu o expediente desta sexta-feira (25/10). "O colega Carlos França é uma perda irreparável para a Sinproep-DF, que, por certo sentirá a sua falta e a quem rendemos as nossa homenagens a esse bravo companheiro que nos deixa precocemente", declarou o sindicato em nota.
Homenagens no Sigma
Alunos, professores e colaboradores do Sigma se reuniram nesta sexta-feira (25/10) para homenagear o professor. Na unidade da 912 Sul, os alunos, que representam a última geração que teve aula com França, levaram cartazes com frases e bordões usados por ele em sala de aula. Na 910 Norte, professores e colaboradores fizeram discursos emocionados ao lembrar do educador.
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O tempo das aulas foi reduzido para que o intervalo com as homenagens pudesse ser ainda maior e a última aula do ensino médio foi suspensa em todas as unidades para que todos pudessem comparecer ao velório.
Para o grupo Sigma, o colégio perdeu um profissional irreverente e inesquecível. "Um humano com enorme capacidade de se indignar diante de tudo que considerava injusto. Que teve o mais genuíno espírito de luta. A palavra era sua maior forma de expressão e reivindicação por tudo que acreditava. Em cada aluno, professor e colega de trabalho ele deixou uma marca. Sua irreverência tornou impossível não ter sido impactado por ele. O que o faz ainda mais inesquecível", disse a Juliana Diniz, diretora do Centro-Oeste de escolas próprias do Grupo Saber, que detém o Sigma.
O colégio também usou as redes sociais para lamentar a morte do educador.
* Estagiário sob supervisão de Roberto Fonseca