[FOTO1]O Ministério da Educação (MEC) anunciou nesta terça-feira (19/11) que cerca de 70 mil escolas públicas urbanas estarão conectadas com internet banda larga já no ensino do ano letivo de 2020. Segundo a pasta, ao menos 27,7 milhões de estudantes dos três ciclos da educação básica - ensinos infantil, fundamental e médio -, serão beneficiados com a conexão de alta velocidade.
A medida faz parte do programa Educação Conectada, que tem o objetivo de apoiar a universalização do acesso à internet e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica. Neste ano, a Educação já havia proporcionado a conexão de banda larga para 24,5 mil escolas públicas urbanas. A pasta também garantiu recursos para que 9,9 mil colégios que eram contemplados desde 2018 pudessem aprimorar o serviço.
Com o anúncio feito nesta terça-feira, serão 32 mil novas instituições de ensino com acesso à internet. Segundo o ministério, outras 3,6 mil escolas que já contam com a conexão de banda larga receberão uma quantia para manter o programa. O investimento para atender esses colégios, de acordo com a pasta, foi de R$ 224 milhões, e será possível, além de contratar os serviços de conexão à internet, implantar infraestrutura para distribuição do sinal nas unidades escolares e adquirir ou contratar dispositivos eletrônicos.
Os recursos fazem parte do programa Dinheiro Direto na Escola, administrado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Eles serão repassados diretamente para as instituições.
Nem todas as escolas públicas urbanas do país, contudo, estarão atendidas. Isso porque o MEC coloca quatro requisitos para que os colégios possam receber a conexão: ter pelo menos três computadores para uso dos alunos; ter no mínimo um computador para uso administrativo; ter uma sala de aula em funcionamento ou mais; e ter mais de 14 alunos matriculados.
;À medida que os municípios tiverem provedores de melhor qualidade e conectividade, e as escolas preencherem os requisitos mínimos, elas terão acesso ao programa;, garantiu o secretário de Educação Básica do MEC, Janio Macedo.
Segundo ele, ;o governo federal vem empreendendo esforços, envolvendo todas as instâncias educacionais, buscando melhorar a aprendizagem e elevar qualidade do ensino, com a consequente redução do insucesso escolar;.
;Para que isso ocorra, é fundamental que melhoremos a atratividade das escolas para os jovens. Por isso, hoje (terça-feira) damos um importante passo para a universalização do acesso à rede mundial de computadores e à banda larga de velocidade, cumprindo o compromisso de buscar, continuamente, a redução das desigualdades sociais do país por intermédio de uma educação de qualidade;, disse Macedo.
Preparação para o Enem digital
Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a viabilização da internet de alta velocidade será importante para preparar os estudantes das escolas públicas urbanas à digitalização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A partir do ano que vem, o MEC vai testar a avaliação em ambiente virtual em algumas regiões do país. Em 2026, a tendência é de que a prova seja 100% digitalizada.
;O Brasil precisa entrar na era da internet. Assim como já dissemos que o Enem tem que ser digital até 2026, a educação tem que ser digitalizada antes disso;, frisou Weintraub. ;O que antes era raro, agora passa a ser regra: escolas públicas conectadas;, destacou o ministro.
Segundo ele, a expansão da conexão é um exemplo da tentativa do governo federal de inflexionar a educação do país. ;Estamos buscando eficiência e boa gestão. Os preços estão caindo, e isso está começando a gerar um círculo virtuoso de boa gestão e administração. De olhar números e cobrar resultados. Com isso, começa a ter dinheiro para coisas essenciais, como ter computador e internet para as crianças de escolas públicas estudarem;, afirmou Weintraub.