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Bolsonaro sugere acionar PGR para manter regras de escolas militarizadas

O presidente Jair Bolsonaro recomendou que pais recorram à PGR para cassar manifestação do MPF-BA contrária a regras como proibição de cabelos compridos para meninos

Ingrid Soares
postado em 30/12/2019 19:52
Bolsonaro comenta definições da escola militarizada pelo TwitterO presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta segunda-feira (30/12), a recomendação do Ministério Público Federal da Bahia (MPF-BA) que se opõe a algumas exigências feitas por escolas militarizadas aos alunos, como a obrigação de os meninos cortarem o cabelo curto.

O chefe do Executivo propôs, pelas redes sociais, que pais e responsáveis recorram à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que a orientação do MPF-BA seja cassada.

"Sugerimos que a Escola, qualquer pai, mãe, aluno, ou interessado da comunidade, manifeste irresignação (recorra) à 1a Camara de Coordenação e Revisão do MPF (sede da PGR/Brasília). Dessa forma, a recomendação poderá ser cassada", escreveu Bolsonaro no Twitter.

Questionamentos

A recomendação foi divulgada em julho deste ano pelo órgão, que elaborou um documento questionando a qualidade do ensino de escolas militarizadas e apontando violações de direitos de crianças e adolescentes nesses colégios.

Além da proibição de determinados cortes de cabelo, o órgão da Justiça criticou a interferência das escolas na cor das unhas e no uso de maquiagem, além de coibir manifestações políticas.

[SAIBAMAIS]Segundo o texto do documento, o regimento das escolas militares impõe "padrões estéticos e de comportamento baseados na cultura militar, sem qualquer relação ou potencialidade para a melhoria do ensino".

O modelo de escola militarizada é defendido pelo presidente, que determinou ao Ministério da Educação a instalação de 54 colégios desse tipo no país em 2020. Em Brasília, , foram selecionadas para o programa.

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