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28 de janeiro de 2021 será o último dia do ano letivo na rede pública

Secretaria divulgou, ontem, calendário da rede pública de ensino do Distrito Federal. Retorno das aulas, a distância, será no próximo dia 29. Escolas particulares não têm previsão para o encerramento do cronograma anual

Correio Braziliense
postado em 10/06/2020 06:00
Permissionários do transporte escolar do Distrito Federal protestaram, ontem, em frente ao Palácio do Buriti. Afetados pela crise, eles pedem auxílio financeiro ao GDFO ano letivo de 2020 nas escolas públicas do Distrito Federal deve se estender até 28 de janeiro de 2021. De acordo com a Secretaria de Educação, o novo calendário escolar levará em conta a validação do ensino não presencial para o seguimento das atividades pedagógicas. A proposta foi divulgada ontem e está disponível para consulta pública até sexta-feira no site da secretaria. A retomada das aulas será  em 29 de junho, a distância. 

O coordenador do Programa Escola em Casa DF, da Secretaria de Educação, David Nogueira, explica que a elaboração do calendário levou em consideração as 800 horas letivas previstas pelo Ministério da Educação (MEC), e será dividida por bimestre. “Ao todo, serão quatro bimestres. O primeiro, que iniciou em fevereiro e precisou ser interrompido no mês seguinte, deve retornar agora em junho, com o término previsto para julho. Esse cronograma deve ser mantido independente da modalidade do ensino: mediado (a distância), presencial ou híbrido”, conta David. (veja Calendário) 

Segundo Nogueira, serão disponibilizados blocos de atividades referente ao bimestre na plataforma on-line e, a partir desse conteúdo, os estudantes poderão acompanhar e tirar dúvida com os professores e responder os exercícios propostos, que vão contar também como presença. “Não temos a previsão do retorno presencial, e por enquanto, provas e atividades presenciais estão descartadas. A avaliação dos alunos deverá ser feita de forma processual. Cada professor terá a autonomia para avaliar o estudante levando em consideração o que ele aprendeu”, pontua o coordenador. 

Além da plataforma on-line, a rede de ensino contará com aulas ao vivo em quatro canais televisivos. O conteúdo é o mesmo disponibilizado no Google Sala de Aula, com a diferença de ser mais trabalhado pelos professores. Serão três horas e meia diárias destinadas para o ensino médio, e uma hora para a educação infantil. 

Para os estudantes que não têm acesso à tecnologia, será entregue o material de forma impressa pelas regionais de ensino. O acesso à plataforma não terá gasto de internet pelos estudantes; o valor será pago pela Secretaria de Educação. Dessa forma, quem tem um celular ou um computador, mesmo sem acesso à internet, poderá ver o conteúdo. “A nossa maior preocupação é garantir a aprendizagem do aluno e viabilizar que ele consiga encerrar o ano letivo da melhor forma possível, dentro das condições da pandemia”, afirma David Nogueira. 

A proposta de calendário da rede pública de ensino foi apresentada na segunda-feira aos coordenadores regionais de ensino e, ontem, foi entregue ao Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF). O documento também será encaminhado ao Conselho de Educação do DF.

Em nota, o Sinpro criticou o cronograma. "A proposta ignora e exclui os mais de 100 mil alunos sem acesso aos meios tecnológicos adequados para o acompanhamento das aulas remotas, tendo em vista que ninguém pode prever quando o DF terá as condições necessárias para o retorno às aulas presenciais", destacou. 

Para o secretário de Educação do DF, João Pedro Ferraz, as aulas presenciais só retornarão por decisão do governador Ibaneis Rocha, quando ele tiver certeza de que a pandemia está sob controle, e que não oferece mais riscos à comunidade escolar.

Escolas particulares 
As instituições de ensino particulares do Distrito Federal ainda não têm previsão para o encerramento do ano letivo de 2020. Porém, de acordo com o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF), Álvaro Domingues, há uma expectativa para o término este ano. 

“Caso as aulas retornem de forma gradual, em agosto, o encerramento do ano letivo poderá ser em 22 de dezembro, podendo se estender até a primeira quinzena de janeiro. É complicado e delicado cravar uma data, temos que trabalhar com o cenário atual, explica Álvaro. 


Calendário

» 10 de fevereiro: início do ano letivo 
» 11 de março: decreto de suspensão das aulas presenciais
» 13 a 31 de março: antecipação do recesso escolar 
» 1º de abril: prorrogação da suspensão das aulas até 31 de maio 
» 29 de junho: retomada do ano letivo com aulas não presenciais 
» 21 a 25 de setembro: semana pedagógica
» 23 de dezembro a 1º de janeiro: recesso de fim de ano 
» 29 de janeiro: encerramento do ano letivo 
» Divisão por bimestre 
1º bimestre - 10 de fevereiro a 24 de julho 
2º bimestre - 27 de julho a 18 de setembro 
3º bimestre - 28 de setembro a 24 de novembro
4º bimestre - 25 de novembro a 28 de janeiro


Inconstitucional

Foi publicado, ontem, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), a inconstitucionalidade da oferta da disciplina educação moral e cívica nas escolas públicas e privadas do DF. De acordo com a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), a Lei Distrital  nº 6.122/2018, de iniciativa parlamentar do ex-deputado distrital Raimundo Ribeiro, ao dispor sobre a inclusão do tema nos currículos escolares, interfere indevidamente na organização do sistema de educação, que exige a regulação por lei complementar, de acordo a Lei Orgânica do DF. Além disso, a lei distrital contestada previa que a Secretaria de Educação proporcionasse cursos de qualificação e formação específica para professores, o que acarretaria custos correspondentes.

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