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Aluno da Escola de Música de Brasília ganha bronze em disputa internacional

Aos 17 anos, Breno Alves ficou em terceiro lugar no Concurso Internacional de Piano da Finlândia, que reuniu mais de 300 participantes de 40 países

Correio Braziliense
postado em 22/06/2020 19:08
“Música é vida.” É assim que Breno Alves, 17 anos,  resume a relação dele com uma das mais primitivas manifestações artísticas. O talento e dedicação aos estudos musicais renderam ao aluno da Escola de Música de Brasília (EMB) medalha de bronze no Concurso Internacional de Piano da Finlândia, que reuniu mais de 300 participantes de 40 países. “Eu fiquei muito feliz (com o resultado). Foi uma grande notícia. Aprendi muito ao participar dessa competição e, com certeza, vou usar esse conhecimento para melhorar cada dia mais”, comemora o adolescente.

Breno ganhou bronze em uma disputa internacional com mais de 300 participantes de 40 países

Breno conta que o interesse pela música surgiu cedo, aos cinco anos de idade. A primeira influência dele foi a banda brasiliense Legião Urbana. “Eu escutava as músicas do grupo e desejava tocar guitarra. Então, meu pai me matriculou em uma escola de música do Gama, chamada Toc-art. Assim começou minha jornada”, relembra o estudante do terceiro ano do Centro de Ensino Médio 1 do Gama. Ele conta que começou pelo violão, já que era pequeno e os dedos não aguentavam as cordas da guitarra.

O estudante da Escola de Música de Brasília toca violão, guitarra, flauta, teclado e piano.

Do violão, Breno migrou para a guitarra. Depois, vieram também a flauta, o teclado e o piano. Foi o professor Remo Oliveira que percebeu o talento do adolescente e o incentivou a fazer a prova da Escola de Música de Brasília. “Eu conheci o Breno em uma escolinha particular na Asa Norte, quando ele tinha uns 12 anos. A professora de teclado dele tinha faltado e eu fui substituí-la. Eu ouvi ele tocar e percebi que era um menino diferenciado”, conta Remo. 

“Então, eu fui falar com o pai dele e disse que o lugar do Breno era na Escola de Música. Algum tempo depois, ele fez a prova e passou em primeiro lugar”, acrescenta. Na EMB, o pianista erudito começou a participar de concursos nacionais. “Ele sempre ia muito bem. Sempre era classificado. Então nós decidimos explorar o cenário internacional.”
 
Primeiro concurso de piano do qual Breno participou, em Uberlândia (MG) 

Este ano, Breno participaria de uma competição em Portugal, mas, com a pandemia, os planos foram cancelados. Foi aí que o estudante acabou descobrindo o concurso on-line da Finlândia. “A gente se inscreveu pensando que era um concurso pequeno. Quando recebemos a notícia de que ele tinha ficado em terceiro lugar, fomos ver os detalhes. Aí descobrimos que tinha mais de 300 concorrentes de mais de 40 países”, relembra o professor.

Ele não esconde o orgulho ao falar sobre Breno: “Eu dou aula de música há mais de 30 anos. Só na Escola de Música de Brasília são 29. Eu nunca vi um negócio desses. Ele me surpreende a cada dia. Eu sempre brinco que, quando crescer, vou tocar igual a ele”. 
 
 

Na semana passada, o estudante recebeu uma homenagem da Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto, onde estiveram presentes o diretor da EMB, o professor Remo Oliveira, o coordenador da Regional de Ensino e a família do adolescente.

 
*Estagiária sob supervisão de Ana Sá  

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  • Foto: Arquivo pessoal
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