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Pesquisa da Fiocruz estuda efeitos do isolamento em adolescentes

Pesquisadores nacionais vão analisar, por meio de questionário on-line, impacto das mudanças na vida de pessoas de 12 a 17 anos durante a pandemia

Correio Braziliense
postado em 27/06/2020 18:20
A chegada da pandemia de covid-19 ao Brasil causou diversas mudanças no comportamento e no estilo de vida das pessoas. Entre elas, está o isolamento social, uma das medidas para evitar o aumento da contaminação pela novo coronavírus.
 
Para avaliar o estado de ânimo dos adolescentes na quarentena, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realiza o estudo on-line Convid Pesquisa de Comportamentos.
 
Fiocruz, em parceira com UFMG e Unicamp, vai analisar impacto da pandemia na vida de adolescentes de 12 a 17 anos 

A análise é feita em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e tem como objetivo descrever as mudanças na vida de pessoas de 12 a 17 anos no período de restrição social devido à pandemia de covid-19.
 
“Os resultados da pesquisa poderão contribuir para uma melhor compreensão do impacto da quarentena, além de chamar a atenção dos gestores para a importância de adoção de políticas públicas”, explica a professora da UFMG Deborah Carvalho Malta. 

A pesquisa é feita por meio de um questionário virtual que avalia as transformações ocorridas após a chegada da pandemia. As questões se referem às características sociodemográficas e às mudanças nos estilos de vida, nas atividades de rotina, no estado de ânimo e nas condições de saúde e acesso aos serviços de saúde.
 

Saiba Mais

O responsável pelo adolescente deve autorizar a participação por meio de termo de consentimento. Para a elaboração do questionário, foi utilizado o aplicativo RedCap (Research Eletronic Data Capture), plataforma para coleta, gerenciamento e disseminação de dados de pesquisas.
 
Todas as respostas do questionário são anônimas. As informações coletadas são armazenadas no servidor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (ICICT/Fiocruz).
 
“Entre os temas abordados estão estilo de vida, alimentação, atividade física, solidão e avaliação de saúde”, acrescenta a professora Deborah. A plataforma ficará disponível durante um mês para realização da pesquisa. 

Pesquisa com adultos

Durante o período de 24 de abril a 8 de maio, 44.062 adultos, de 18 a 60 anos, responderam ao estudo Convid Pesquisa de Comportamentos. O objetivo era identificar os principais impactos causados pela pandemia no público.
 
Sobre o tema isolamento social, foi possível observar que 59,5% dos entrevistados responderam que ficaram em casa, só saindo para compras em supermercado e farmácia. 

Em relação aos impactos econômicos, 55% das pessoas relataram diminuição de renda familiar e 7% ficaram sem rendimento. Cerca de 40% relatou dificuldades em grau moderado ou intenso para a realização das atividades de rotina e de trabalho.
 
Mais de um quarto das mulheres reportou aumento intenso nas atividades domésticas. Na população adulta, 29% observou que a saúde piorou durante a pandemia, sendo a depressão e a ansiedade os principais problemas no estado de ânimo das pessoas.
 
A atividade física foi afetada, sendo que 62% das pessoas estão sem práticas esportivas. Pesquisadores também notaram aumento do consumo de bebidas alcoólicas. 

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