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Fundeb será discutido na Câmara nesta segunda, mas votação fica para terça

Afirmação foi feita pelo deputado federal Professor Israel (PV-DF), em entrevista ao CB.Poder. Ainda segundo ele, proposta enviada pelo governo com alterações não foi bem vista por deputados

Correio Braziliense
postado em 20/07/2020 15:26
Professor IsraelO deputado federal Israel Batista (PV-DF) disse que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n° 15/15, que trata do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) será discutida na Câmara nesta segunda-feira (20/7), mas a votação deve ficar para terça-feira (21/7). 

"Conseguimos convencer o presidente Rodrigo Maia para não votar hoje e, sim, para debater. Amanhã nós vamos votar nem que a gente entre madrugada adentro", disse o parlamentar em entrevista ao programa CB.Poder, parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília

Para o deputado, a proposta enviada pelo governo com alterações — como a que sugere que metade do acréscimo previsto para os recursos da União fosse para programas sociais, como o Renda Brasil, novo programa que está sendo elaborado pelo governo para substituir o Bolsa Família — não foi bem vista pelos deputados.

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"É um absurdo você tirar da escola pública para fazer assistência social. Nem os deputados da educação e renda mínima vão aceitar isso, porque a escola pública é um grande programa social no Brasil", pontuou. 

O deputado ainda avaliou que, caso a votação sobre o fundo não ocorra ainda neste ano, a educação pode ser prejudicada, principalmente em cidades com poucos recursos. “Em dezembro de 2020 o fundo acaba. Se a gente não tiver votado até lá, não vamos ter ter Fundeb. Com isso, vamos ter municípios pagando R$ 500 para o estudante frequentar a escola,  quando o mínimo adequado é de R$ 5.500", disse.
  

Sabatina do novo ministro

Questionado sobre o convite para sabatina ao novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, o professor explicou que a Câmara quer saber o plano estratégico da educação brasileira, uma vez que os antecessores, segundo ele, focaram em assuntos que pouco interferem na educação brasileira.

"Por que chamar o novo ministro? Não é para ouvir. É para falar: 'Ministro, se o senhor focar em assuntos emocionantes como doutrinação nas escolas, Paulo Freire e ideologia de gênero, saiba que não terá o apoio do Congresso'", afirmou. "A Câmara quer saber como será pago o salário de professores em municípios mais humildes, formação dos docentes e outros temas relevantes", acrescentou.

Assista à íntegra da entrevista:

 
 

Ouça a entrevista em formato podcast:

 
*Estagiário sob supervisão de Fernando Jordão 

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