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Páscoa abre 600 vagas

Comerciantes elevaram em 20% a oferta de postos temporários, para reforçar o quadro de pessoal. Otimistas, eles apostam que haverá uma alta de 17,8% nas vendas em comparação com 2012

postado em 21/03/2013 19:00
Elisa e Cecília, donas de chocolateria, contrataram Samuel e Ayslan. Os dois têm chance de ser efetivadosA Páscoa deste ano promete ser tão doce para crianças quanto para quem busca colocação no mercado de trabalho. Um levantamento do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF), divulgado esta semana, mostra aumento de 20% na oferta de vagas temporárias, o equivalente a 600 postos de trabalho, em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o presidente do Sindivarejista-DF, Antônio Augusto de Moraes, mais de 50% das contratações serão feitas pelas micro e pequenas empresas. ;Elas são responsáveis pelo maior contingente de mão de obra. São lojas especializadas na venda de ovos e produtos da Páscoa. A maioria dos postos são para vendedores, empacotadores e estoquistas;, disse Moraes.

A abertura de vagas de trabalho nesta época do ano se deve ao otimismo dos empresários brasilienses. Eles esperam um aumento de 17,8% nas vendas em relação a 2012, quando apostaram em um crescimento de 14%, conforme pesquisa da Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio-DF), feita entre 20 e 22 de fevereiro deste ano.

As irmãs Elisa e Cecília Castro, donas de uma chocolateria na Asa Sul, contrataram, por 90 dias, um auxiliar e um confeiteiro. ;É uma contratação legal em que todos os direitos são pagos. Se forem bem-sucedidos nas suas funções, eles serão empregados na empresa, logo após a conclusão do treinamento;, contou Cecília.

Segundo Elisa Castro, a empresa ampliou em quase 50% o quadro de funcionários. ;Atualmente, contamos com nove funcionários para dar conta da demanda de clientes. No ano passado, a equipe era formada por metade desses profissionais;, revelou.

Mesmo com o mercado de alimentação em alta no DF, o confeiteiro Samuel Rosa, 29 anos, amargou o desemprego por mais de dois meses. ;Existe uma demanda grande por confeiteiros, mas também tem muita concorrência. Além de especialização, a experiência pesa na hora da contratação;, disse. Já o auxiliar de confeitaria Ayslam Thiago Ribeiro, 20, abandonou a função de padeiro e passou a investir na produção, com intuito de ampliar as chances de colocação no mercado de trabalho. ;Estava há cinco meses sem emprego. O mercado de panificação está saturado e, por isso, decidi investir na confeitaria;, afirmou.

Antônio de Moraes acredita que boa parte da mão de obra contratada para a Páscoa será aproveitada o Dia das Mães (12 de maio) e dos Namorados (12 de junho). ;A tendência é de que o empresário contrate neste primeiro semestre para treinar e formar a equipe para as próximas datas importantes para o comércio;, avalia o presidente do Sindivarejista-DF.

Investimento
A ampliação da mão de obra está relacionada a expectativa no aumento das vendas que é atribuída a queda no índice de desemprego e a alta do poder aquisitivo das classes C e D, sem contar o investimento em marketing. ;A capacidade de consumo dos brasilienses aumentou, e os empresários vão aproveitar esse momento para apostar em novidades e conquistar novos clientes;, explicou o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana. A pesquisa mostra que mais de 80% dos lojistas devem adotar novidades para alavancar as vendas, tais como brindes e decoração temática, além dos produtos personalizados.

O segmento específico de chocolaterias é o mais otimista no comércio de ovos de Páscoa do DF. Os donos dessas empresas aguardam um aumento de 23,3% nas vendas, enquanto os supermercados esperam alta de 14,2%. Para tentar atender toda a demanda do período, os comerciantes ampliaram os seus estoques em 16,74%, segundo estudo da Fecomércio-DF.

A inflação dos ovos de chocolate ainda preocupa os comerciantes brasilienses. O levantamento da Fecomércio-DF, além do crescimento nas vendas, revela também o aumento médio de 4,6% no preço dos produtos. O ovo de Páscoa é comercializado, em média, por R$ 33. As justificativas, segundo os fabricantes, estão no aumento do preço da matéria prima, como o chocolate e papel para embalagem. A expectativa do Sindivarejista-DF é de que o gasto médio dos consumidores com ovos de Páscoa seja de quase R$ 50. Os cartões de crédito devem ser responsáveis por 70% do faturamento do comércio.

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