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Escola Técnica de Ceilândia abriu vagas para dependentes químicos

O objetivo é contribuir para a reinserção de dependentes químicos na sociedade

Eu, Estudante
postado em 18/02/2019 14:44

O objetivo é contribuir para a reinserção de dependentes químicos na sociedade
Este ano, a Escola Técnica de Ceilândia (ETC) disponibilizou 10 vagas destinadas a dependentes químicos que passaram pela fase de tratamento e agora fazem cursos profissionalizantes por meio de projeto inédito de reinserção social . São cinco cursos: marcenaria, operador de computador, programador web, assistente de recursos humanos e eletricista predial de baixa tensão.


A professora Paula Ribeiro, representante da SEEDF no Conen-DF, explica que comunidades terapêuticas e grupos de apoio ajudaram a definir quem seriam os estudantes. ;A Sejus mantém 13 comunidades terapêuticas e também faz articulação com grupos de apoio, como o Narcóticos Anônimos, os Alcoólicos Anônimos ou grupos religiosos, sempre trabalhando com essa temática;, conta a conselheira. A proposta é expandir o projeto para todas as escolas técnicas do DF e, também, para a Escola de Música.


O diretor da ETC, Joubert Almada Corrêa, conta que os frequentadores da escola são pessoas dos 15 anos aos 80 e com diferentes histórias de vida. Sendo assim, seria natural topar participar do projeto piloto para a reinserção de dependentes químicos na sociedade por meio da formação profissionalizante. ;A procura da Sejus foi após nós já termos aberto as vagas para o público.


Boanerges* mora na Candangolândia e, aos 43 anos, conta que, após 20 anos de dependência química, está há 7 anos e 7 meses limpo. Orgulhoso da recuperação, ele teve a ajuda de um grupo de apoio para controlar o vício que surgiu por volta dos 20 anos de idade. Agora, voltou a estudar e futuramente deve se tornar operador de computador, formado pela ETC.


A iniciativa é da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) em parceria com a Secretaria de Educação (SEEDF) e articulado pelo Conselho de Políticas sobre Drogas do Distrito Federal (Conen-DF).


* Nomes fictícios em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente ou à pedido do entrevistado

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