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Quase 200 pessoas testaram positivo para coronavírus na Epcar

Escola da Força Aérea com mais de 500 alunos cadetes fica em Barbacena (MG). Infectados, a maioria assintomáticos, foram isolados para tratamento

Correio Braziliense
postado em 25/05/2020 20:45
Segundo informações do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica enviadas ao portal G1, foram confirmadas 195 pessoas com coronavírus na Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), instituição de ensino da Força Aérea Brasileira (FAB) com 507 alunos cadetes. No sábado (23/5), eram 90 infectados confirmados, a maioria assintomáticos.
 
Alunos cadetes convivem aquartelados, o que facilitou a propagação 
Os militares contagiados estão isolados para receber tratamento. A escola não parou de funcionar mesmo durante a pandemia e fica localizada em Barbacena, no Campo das Vertentes, no interior de Minas Gerais. 

Antes de serem liberados para as férias por três semanas, os alunos e os miliares passam por um cronograma de testes separados por turmas e dias diferentes.

O primeiro caso de aluno com covid-19 foi em 14 de maio, e o cadete em questão já se curou. As visitas de familiares estão suspensas desde 19 de março, e as famílias estão sendo informadas dos casos confirmados.

Denúncia 

A Epcar tem alunos adolescentes, abaixo dos 18 anos. Uma denúncia anônima foi formalizada ao Conselho Tutelar de Barbacena em 15 de abril sobre como a instituição lidava com a pandemia. A denúncia alertava para o risco de infecção dos mais de 500 alunos, que ficam aquartelados, sem distanciamento social.

Há relatos ainda de que, mesmo durante a pandemia, a Epcar mantinha gincanas e que as aulas presenciais teriam retornado em 6 de abril. Ainda segundo a denúncia, aulas eram ministradas por professores militares que também tinham contato com familiares, aumentando o risco de contágio.

Somente as aulas de professores civis estariam sendo ministradas por videoaulas. Após a primeira denúncia, pais de alunos entrara em contato pedindo providências. Diante disso, o Conselho Tutelar apresentou denúncia ao Ministério Público Federal (MPF), que determinou inspeção sanitária na Epcar em 12 de maio. 

Durante essa vistoria, constatou-se falta de espaço entre os alunos, ausência de álcool em gel nos ambientes. A escola justificou-se, dizendo que a higienização era feita com água e sabão. Em nota, a Epcar afirmou que readequou as atividades escolares e implementou procedimentos de prevenção alinhados aos protocolos do Ministério da Saúde.

Após a inspeção sanitária, o MPF recomendou suspensão imediata de todas as atividades presenciais na Epcar. Aos dirigentes, também foi recomendado que autorizem a saída de todos os alunos, sem aplicação de penalidades.

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