Diário de Pernambuco
postado em 04/09/2012 10:04
As universidades federais igualam amanhã a marca da maior greve da história das instituições, ao completar 112 dias de paralisação, a exemplo do que ocorreu em 2005. Nos bastidores, a semana de recordes está sendo considerada decisiva. Amanhã e quinta-feira, os câmpus serão tomados por assembleias em todo o país e há grande expectativa por um indicativo de retorno às salas de aula na segunda. Enquanto isso, os professores se agarram às negociações com o Congresso Nacional, estudantes contabilizam os prejuízos e reitores e pró-reitores admitem que o calendário só voltará ao normal em 2015. Há quem tema que, se a volta às aulas não ocorrer até o dia 17, o calendário escolar possa entrar também em 2015 com pendências. Em comunicado especial, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) orientou os comandos locais a fazer assembleias nos próximos dois dias para apresentar uma provável data de fim do movimento ou reiterar a continuidade dele. A saída do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que representa os professores dos institutos federais, é considerada outro sinal de que a greve está perto do fim. A categoria retoma os trabalhos na segunda-feira.
Congresso é a nova esperança
O Senado agora representa a grande esperança de um plano de carreira para os grevistas, principalmente depois da reunião na semana passada com a Comissão de Educação da Casa. Os parlamentares assinaram carta para ser encaminhada aos ministérios do Planejamento e da Educação e à presidente Dilma Rousseff, pedindo a reabertura de negociação.