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O admirável mundo da nanociência

Até sexta-feira, a UnB abriga o 2º Encontro Franco-Brasileiro de Nanociência, Nanotecnologia e Nanobiotecnologia, que pretende ampliar o intercâmbio e a cooperação científica entre os dois países

postado em 12/12/2012 17:37

Nesta semana, a Universidade de Brasília recebe a vanguarda internacional da nanociência para um mergulho rápido ; mas profundo ; no admirável e ilimitado mundo da dimensão nano: até sexta-feira, 14 de dezembro, o Centro Internacional de Física da Matéria Condensada (CIFMC) da UnB abriga o 2nd French-Brazilian Meeting on Nanoscience, Nanotechnology and Nanobiotechnology (2; Encontro Franco-Brasileiro de Nanociência, Nanotecnologia e Nanobiotecnologia), pensado para incrementar o intercâmbio e a cooperação científica entre o Brasil e a França. Hoje, os novos conhecimentos da nanociência e das nanotecnologias permeiam o mundo de inúmeras formas insuspeitas ; e são aplicadas em diversas áreas, da tecnologia à saúde.

A segunda conferência organizada pelos professores Jérôme Depeyrot, do Instituto de Física; Francisco Augusto Tourinho, do Instituto de Química da UnB; e Régine Perzynski, da Université de Paris VI reúne alguns dos nomes mais respeitados no campo de pesquisa da dimensão nano de Brasil e França para a apresentação e discussão de resultados alcançados na área da nanotecnologia. Esta edição inova ao se abrir à presença de pesquisadores de vanguarda também de Espanha, Itália, Rússia e Latvia. (Leia mais aqui .)

;Para nós, a internacionalização da Universidade é fundamental; estamos em um mundo globalizado e nós, cientistas brasileiros, precisamos entrar no eixo da nanociência que fica no Hemisfério Norte;, diz o professor Tourinho, acrescentando que ;este é o momento, porque trouxemos inúmeros cientistas com experiência de muitos anos nessa área;. De acordo com o professor, a conferência atraiu um público multidisciplinar, entre alunos de pós-graduação e professores das áreas de Química, Biologia, Física e Farmácia, por exemplo ; ;porque, nesta dimensão, tudo se funde;.

O encontro foi aberto, na segunda-feira, com as palestras de dois celebrados professores: o francês Dominique Givord, do Institut Néel, na França, e o brasileiro Silvio Salinas, da Universidade de São Paulo.

Os temas do encontro incluem as seguintes áreas de nanotecnologia, nanociência e nanobiotecnologia: design avançado e síntese de nanomateriais; colóides, sistemas nanoestruturados e auto-montagem; sistemas complexos e fluidos complexos; teoria, mecânica estatística e simulações de computador; nanoestruturas magnéticas, superfícies e interfaces, processos de magnetização e dinâmica da magnetização, avanços em aplicações biológicas: nanocarriers, nanocápsulas e lipossomos.

A nanociência é um universo em franca expansão em todo o mundo. De acordo com o professor Jérôme Depeyrot, estima-se hoje que o mercado mundial para materiais, produtos e processos industriais baseados em nanotecnologias irá gerar algo como um trilhão de dólares em 2015 ; o que representa cerca de 15% do produto manufatureiro global. Dois anos atrás, a nanociência e a nanotecnologia (N) já estavam presentes no mercado global com cerca de 2.500 produtos tecnologicamente sofisticados e, ao longo dos últimos dez anos, a pesquisa neste campo foi responsável pela publicação de 60 mil artigos.

CAFÉ ; Em paralelo à conferência de especialistas que ocorre no Centro Internacional de Física da Matéria Condensada da UnB, a nanociência esteve em pauta na noite de segunda-feira, 10, em um evento pensado para promover um diálogo entre ciência e sociedade. O 11; Café Científico ; realizado no Café Daniel Briand e organizado pelo Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), a Embaixada da França no Brasil, o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad) e pela UnB ; abrigou uma conversa sobre o tema Nanotecnologias e tecnologias convergentes: qual sociedade amanhã? Nesta edição, o Café Científico recebeu os palestrantes Dominique Givord, Silvia Guterres e Silvio Salinas, com mediação do professor Jerome Depeyrot, do Instiuto de Física da UnB.

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