Informações desencontradas deixam a família cada vez mais angustiada. Uma moradora do povoado de Fahuayaco afirmou ter feito comida para um rapaz com as mesmas características de Artur em 28 de dezembro. Ontem, os pais dele, que estão no Peru, descobriram que a mulher teria recebido o jovem sete dias antes. Outro senhor afirmou ter visto o brasileiro passando por um lugar chamado Llaqtapa. De acordo com o irmão do desaparecido, Felipe Paschoali, essa última história não passa de boato. ;Isso gera uma angústia muito grande na gente, porque não sabemos o que está acontecendo. Por que essa informação está tão truncada? Por que não temos notícias direito?;, questiona.
A chegada dos oito policiais de Lima levou boas perspectivas para a busca, mas Felipe segue apreensivo em relação ao paradeiro do irmão. ;A gente acha que mais pode ser feito, porque a região é muito grande. Precisamos de helicópteros, de cachorros farejando;, cita.
A assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores informou que não dispõe de recursos para fazer as buscas, e que conta com o governo peruano para achar Artur. ;O Itamaraty tem prestado assistência consular à família do brasileiro, tem contato com os pais na região, e está em contato permanente com as autoridades peruanas responsáveis pelas buscas;, esclareceu o órgão.
Em 21 de dezembro, Artur Paschoali deixou os pertences no restaurante onde trabalhava, na vila de Santa Teresa, e saiu para tirar fotos de Machu Picchu. Desde então, não se tem mais notícias dele. Dez dias depois, os pais partiram para o Peru, para acompanhar a procura. ;Meus pais ainda estão serenos, mas cada vez mais preocupados. Essas informações truncadas nos deixam muito angustiados;, lamenta Felipe.
Rede social
O evento Vamos achar o Artur / #FindArtur, criado no Facebook por Felipe, tem mais de 100 mil pessoas convidadas. A maioria não conhece o mochileiro, mas simpatiza com a causa da família. ;O pessoal se mobilizou, tem sido bem legal;, afirma o irmão do garoto. O caso do desaparecimento chegou à imprensa nacional e peruana graças à comunidade na internet. Agora, os amigos pedem orações diárias por Artur, além de que todos enviem um e-mail à Presidência da República solicitando que forças brasileiras reforcem a busca no país sul-americano.