"Estaremos treinando os próximos mestres e doutores. Eles já começam a ter interesse. O estudante que fizer isso duas, três, quatro vezes durante a graduação, já sabe o que vai fazer no mestrado dele", explica Guimarães. A intenção é que mesmo quem se titule em outros estados, volte e se fixe na própria região. "Fixar profissionais de outros estados na região amazônica é uma grande dificuldade. Queremos aperfeiçoar os programas das universidades na região para que tenhamos mais alunos de lá".
O estudo Mestres 2012: Estudos da Demografia da Base Técnico-Científica Brasileira, divulgado hoje (22), informa que, de 1996 a 2009, foram concedidos na Região Norte, 7.778 títulos de mestre. O número é o menor do Brasil. A Região Sudeste, concentra o maior número de títulos, com 196.220 no mesmo período.
Em relação aos programas de mestrado, a região também apresenta o menor número. Em 2009, eram 119 programas, contra 1.346 na Região Sudeste. Apesar de ter apresentado o maior crescimento desde 1996, 341%, em números absolutos, a região ainda tem poucos programas.
Com o intercâmbio institucional, os estudantes de graduação terão a oportunidade de conhecer outras universidades do país. A Capes fará um levantamento dos alunos interessados e em quais áreas atuam. A partir daí, buscará institutos de educação superior para receberem esses estudantes. Não existe uma região ou estado prioritário. Os estudantes devem receber uma bolsa para que possam passar o período em outra cidade. O valor deve ser o de uma iniciação científica, em torno de R$ 400.
Além dessa iniciativa, a Capes incentiva a fixação de pós-graduandos na região por bolsas de estudo e por associação de cursos mais qualificados com outros com uma qualificação menor, para que o de mais baixa qualificação possa se aprimorar com a troca de conhecimento, o chamado mestrado e doutorado interinstitucional.