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Padilha defende programa

postado em 05/09/2013 12:48
Vamos buscar médicos em qualquer lugar do mundo. Se eles se comunicarem em português, vamos trazer até da China%u201D Alexandre Padilha, ministro da SaúdeEm meio a uma série de polêmicas que rodeiam o Programa Mais Médicos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi ontem ao primeiro debate sobre a iniciativa no plenário da Câmara dos Deputados. Rebatendo críticas, Padilha defendeu a proposta e enfatizou que o discurso em torno dela não pode ser ideológico nem ;partidário;.
O médico cubano Carlos Rafael Jorge Jimenéz, naturalizado brasileiro, esteve ontem na audiência e disse que os profissionais do país que vêm ao Brasil pelo programa estarão sujeitos a condições de trabalho e de vida limitadas pelo governo dos irmãos Castro. Para reverter a situação, o ministro disse que os pedidos de asilo político de profissionais da ilha devem ser analisados, ao contrário do que declarou o advogado-geral da União, Luís Adams, em agosto.

Criticado pela oposição e por Carlos Jimenéz, Padilha disse que não pretende trazer com os cubanos o modelo econômico e social da ilha. Um dos parlamentares mais enfáticos, o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado, classificou o programa como político-partidário, com o qual o PT pretende arrecadar muitos votos. Em resposta, o ministro disse que quem estava levando o debate para o lado político era Caiado e lembrou que partidos da oposição tentaram medida semelhante no passado.

Liberdade

Apoiado por parlamentares que condenam a iniciativa, Jimenéz criticou a forma como os cubanos vêm ao Brasil por não estarem sujeitos às mesmas condições de outros profissionais. ;Os médicos de outros países vêm com sua família, livres, sem problemas. Os médicos cubanos vêm sem família, trabalham para receber de 25% a 30% do salário. Não podem sair de onde estão, não podem se comunicar com as pessoas;, disse. Jimenéz fugiu de Cuba há 12 anos. Veio ao Brasil como turista, conseguiu asilo, naturalizou-se brasileiro e trabalha como médico da família no Ceará. A mulher e os dois filhos conseguiram fugir da ilha também, o que segundo ele é uma ;ditadura comunista;.

Segundo o médico, os colegas cubanos participam de missões internacionais porque necessitam. ;Sabe quantas horas trabalham (os médicos cubanos)? Entre 60 e 70 horas e ganham entre R$ 60 e R$ 70. É uma vergonha. Por isso que, quando vêm para cá, vêm muito felizes, porque ganham entre 200 e 300 dólares;. Jimenéz comentou também que os profissionais estão se preparando para vir ao Brasil há mais de um ano. Padilha respondeu a fala de Jimenéz explicando que a ilha sempre mostrou interesse em enviar médicos ao Brasil e chegou até a fazer a oferta de enviar 6 mil profissionais.

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