Os servidores técnico-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) decidiram manter normalmente as atividades. A decisão foi tomada durante assembleia nesta quinta-feira (12/9), às 9h30, na Praça Chico Mendes. , mas a categoria considerou que houve avanços na negociação e decidiu não paralisar.
De acordo com Mauro Mendes, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), representantes da categoria se reuniram esta semana com a administração superior da universidade e com membros do Conselho de Administração (CAD). No encontro, o reito Ivan Camargo revogou o documento encaminhado às unidades acadêmicas que orientava o retorno imediato das oito horas diárias em todos os setores da FUB, garantindo, dessa forma, o retorno à jornada de seis horas, principal reivindicação da categoria.
[SAIBAMAIS]Os servidores reclamam ainda de outras ações da gestão do reitor Ivan Camargo, como a suspensão do curso de línguas oferecido aos servidores técnico-administrativos, a terceirização do Restaurante Universitário (RU) e o aumento no valor do aluguel dos imóveis da Colina. "Como tivemos um acordo, não se justificava deflagar uma greve. Conseguimos avançar de forma democrática", afirma Mendes.
Entenda o caso
Os servidores embasam a reivindicação da jornada de seis horas diárias numa determinação do Decreto n; 1.590, de 1995, que define que "quando os serviços exigirem atividades contínuas de regime de turnos ou escalas, em período igual ou superior a doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao público ou trabalho no período noturno, é facultado ao dirigente máximo do órgão ou da entidade autorizar os servidores a cumprir jornada de trabalho de seis horas diárias e carga horária de trinta horas semanais, devendo-se, neste caso, dispensar o intervalo para refeições."