Ivan Camargo relatou que estava na porta da sala dele no momento da ocupação e que foi abordado de maneira agressiva pelos manifestantes. Segundo o reitor, os estudantes apontaram os dedos para o rosto dele e seus óculos chegaram a cair. Ele disse que se retirou da sala porque quer levar a negociação com muita serenidade, mas que não vai abrir mão da lei.
Entre as principais reivindicações do movimento estão a isonomia entre calouros e veteranos para a assistência estudantil, a volta do atendimento médico gratuito no Hospital Universitário (HUB) e a manutenção da assistência aos alunos em desligamento. Essas três pautas serão analisadas no Conselho de Administração (CAD) nesta quinta-feira (19), segundo o reitor, que também disse estar aberto ao diálogo.
Integrantes do movimento que continuam a ocupação do prédio alegam que ainda não foram procurados pela reitoria. "O reitor desocupou a nossa sala no ICC convencido de que isso iria desmobilizar o movimento, mas isso gerou grande revolta, por ser uma atitude autoritária. Temos três pautas principais de reivindicação e, quando elas forem atendidas, aceitaremos a sala que foi oferecida", afirma Luth Laporta, estudante do 5; semestre de serviço social e integrante da Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (Anel), que apoia o Cassis.
Por volta das 12h30, outro grupo de cerca de 20 manifestantes começou um catracaço no Restaurante Universitário (RU). Eles impedem os funcionários de cobrar a entrada no RU e alguns estudantes estão fazendo as refeições de graça.
[SAIBAMAIS]Entenda o caso
Os estudantes do Cassis estavam ocupando a sala BT 260 do Instituto Central de Ciências (ICC Sul) desde 14 de agosto. Na tarde dessa terça-feira (17), no entanto, por volta das 15h, a polícia cumpriu uma ordem de reintegração de posse. Policiais à paisana pediram que os manisfestantes se retirassem e não houve confronto. A universidade ofereceu a possibilidade de o Cassis usar duas salas como sede, uma no subsolo e outra no mezanino do ICC.
Com informações de Manoela Alcântara