
Ao analisar o pedido da reitoria da USP de reintegração de posse, o desembargador Xavier de Aquino classificou como ;extremamente grave; o comportamento dos alunos durante o processo de ocupação pelos danos causados ao patrimônio e também pelos prejuízos aos alunos que desejam seguir com suas atividades acadêmicas.
;Trata-se de caso extremamente grave que vem atrapalhando o bom andamento da Universidade de São Paulo, uma vez que seus agentes estão sendo obrigados a despachar em outro endereço dentro do campus, pois existem alunos ordeiros que não pertencem a este grupo, e pretendem ter continuidade nos seus dias letivos;, afirmou o desembargador em despacho.
Para o diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Gustavo Rego ;esta decisão nos surpreendeu porque estamos no meio de um processo de negociação, e até em razão de termos fechado um acordo no último dia 31 com algumas conquistas, já tínhamos um indicativo de saída pacífica;.Ele informou que haverá uma assembleia amanhã (6) às 18 h para ratificar o acordo.
O líder estudantil também demonstrou a expectativa de que até lá não haja mobilização de policiais para a retirada forçada dos alunos. O principal motivo para a ocupação foi o de pressionar o governo paulista a mudar o processo de escolha dos cargos de reitor, de vice e de diretores de unidades com a implantação de eleições diretas.
Segundo Gustavo o DCE irá defender na assembleia de amanhã (6) que esta luta poderá ser retomada durante o congresso de alunos, professores e servidores em geral da USP, marcado para a 1; quinzena de maio de 2014.
Por meio de nota publicada em sua página na Internet, o DCE manifestou repúdio à decisão judicial, lembrando que por duas vezes a Justiça negou o pedido de reintegração de posse feito pela reitoria.No comunicado a entidade afirmou que caso a disposição da reitoria e da Justiça não seja a de esperar a decisão da assembleia amanhã (6) usando de retirada forçada, ;os estudantes não titubearão em resistir ao que será mais uma demonstração de truculência e autoritarismo por parte da reitoria e do governo do Estado;.