Os 13 estudantes responderão judicialmente por desacato. Na noite de ontem, eles prestaram depoimento na polícia do Senado. Depois, fariam exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal. O grupo responderá em liberdade. Ao ver a movimentação da polícia, os alunos juntaram todo o material do acampamento e se sentaram nele, na tentativa de evitar que os policiais o retirasse. Os militares, então, efetuaram as prisões. Os agentes legislativos disseram que vinham negociando a retirada do acampamento desde a semana passada e que o prazo chegou ao fim no começo da noite de ontem. Os estudantes reclamaram da truculência, mas não houve feridos. Enquanto prestavam depoimento, mandaram avisar às famílias que ;estava tudo bem;.
Reivindicação
Os estudantes pedem a federalização da Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), que também foi descredenciado pelo MEC, ambas do Rio de Janeiro. A estudante do oitavo semestre de medicina da Gama Filho Laiany Nascimento disse que o objetivo do acampamento é ;criar um diálogo com a presidente Dilma Rousseff;. Ela não estava no momento da confusão porque foi tomar banho em um banheiro da Rodoviária e comprar alguns itens para o grupo. ;Não vi nada. Só sei que eles estão bem;, declarou. Laiany nega que a polícia tenha dado uma data para que eles saíssem do local.
Os alunos avaliam que a transferência assistida prometida pelo ministério não dará certo no caso da Gama Filho, principalmente porque o contingente de alunos da instituição de ensino é grande. De acordo com a pasta, a universidade foi descredenciada pela baixa qualidade acadêmica, o grave comprometimento da situação econômico-financeira e a falta de um plano viável para superar os problemas.