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Professores das redes básica e profissional estudam nos EUA

postado em 19/02/2014 16:46
Professora de língua inglesa no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), em Venâncio Aires (RS), Letícia Pacheco conclui nesta sexta-feira, 21, um curso de inglês na Georgia Tech, em Atlanta, Estados Unidos. ;Temos aulas de segunda a quinta-feira durante todo o dia e na sexta-feira participamos de palestras e workshops. Nos finais de semana fazemos visitas culturais;, diz a educadora.

Letícia integra um grupo de 526 professores de inglês das redes públicas da educação básica e profissional selecionados pelo Programa Profissional para Professores de Língua Inglesa nos Estados Unidos (PDPI). A formação é intensiva, com duração de seis semanas. As aulas começaram em 13 de janeiro em diversas instituições de ensino superior norte-americanas. O retorno dos professores começa no sábado, 22.

Sobre os conteúdos do curso, a professora informa que as disciplinas incluem cultura, avaliação, fonética e fonologia e uso de ferramentas tecnológicas no ensino da língua inglesa, além de aulas em grupo com pessoas do mundo todo. ;Acredito que todos os profissionais deveriam ter experiência no exterior, para entender melhor a cultura dos países onde a língua inglesa é falada e diferenciar valores que são mais ou menos relevantes em determinadas culturas;, diz Patrícia, sobre o período de aprendizado em Atlanta.

Professora de inglês há oito anos, dos quais 2,5 anos no IFSul, Letícia tem 400 alunos. Ela leciona para turmas dos cursos técnicos ; integrado e subsequente. É licenciada em letras português/inglês e literatura, tem mestrado em leitura e cognição.

Blogs

Com o retorno ao Brasil marcado para domingo, 23, o professor José Petrúcio Cavalcante conta que as aulas no laboratório de informática foram enriquecedoras. Cada cursista criou um site que será utilizado como ferramenta na escola onde leciona; também foi criado um blog para os educadores compartilharem suas experiências.

Sobre o curso, Petrúcio explica que conheceu técnicas que ajudam a aprimorar todas as habilidades de um estudante de língua inglesa, como falar, ouvir e escrever, que serão aplicadas com seus alunos no Brasil. ;Temos aulas de metodologia onde aprendemos novas técnicas para o ensino do inglês e revemos sob um novo olhar outras que já conhecíamos. A experiência aqui é simplesmente fantástica;. O educador diz que volta entusiasmado e que pretende ser um multiplicador do aprendizado que recebeu nessas semanas de qualificação nos Estados Unidos.

Além de frequentar aulas e laboratórios, o educador conta que visitou escolas públicas, museus e pontos turísticos, fez trabalho comunitário para conhecer melhor a cultura local. Morador de Macapá, uma cidade de clima quente, o professor enfrentou frio intenso nas ruas. Nos dias em que nevou, as aulas foram canceladas para garantir a segurança dos estudantes.

Professor da Escola Estadual Dr. Alexandre Vaz Tavares, de Macapá (AP), Petrúcio ensina inglês para cerca de 400 jovens de 15 a 17 anos, do ensino médio, ligados, segundo o educador, na internet, nos games, facebook, twitter, em tudo o que o conhecimento de inglês favorece o aprendizado e a comunicação. José Petrucio é licenciado em letras/inglês pela Universidade Federal do Amapá, e leciona essa disciplina há 13 anos.

O curso

A capacitação pelo PDPI compreende três modalidades de cursos: desenvolvimento de metodologias, que é dirigido a professores com conhecimentos avançados na língua inglesa; e cursos de aprimoramento em inglês, nos níveis intermediários I e II, para educadores que necessitem melhorar habilidades específicas na língua.

O Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de Língua Inglesa nos Estados Unidos (PDPI), do governo federal, que está sob a responsabilidade da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), atende os objetivos de valorizar os profissionais das redes públicas da educação básica e fortalecer o domínio das habilidades linguísticas ; compreender, falar, ler e escrever em inglês. São parceiros do PDPI a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e a Comissão Fulbright.

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