Ensino_EnsinoSuperior

Líderes de Yale, Oxford, Heidelberg e Cingapura debatem internacionalização

Programação faz parte de encontro de reitores que continua até terça-feira (29)

postado em 28/07/2014 16:15
Bernhard Eitel, da Universidade de Heidelberg: No primeiro dia do 3; Encontro Internacional de Reitores Universia, durante sessão plenária, representantes das universidades de Heidelberg, de Oxford, de Yale e de Cingapura conversaram sobre o presente e o futuro das instituições de ensino superior e sobre a internacionalização universitária.

Bernhard Eitel, reitor da Ruprecht-Karls-Universit;t Heidelberg, da Alemanha, acredita que as universidades precisam se internacionalizar para render mais. ;As pessoas estão se tornando mais cientes de que fazem parte de uma comunidade global e devem trabalhar juntas por melhores resultados. O que temos que saber é: não estamos sozinhos. Podemos procurar parceiros ao redor do mundo;, indicou.

O vice-reitor da Universidade de Oxford, Andrew Hamilton, percebe que as universidades têm grande capacidade de inovar e de se adaptar a um mundo cosmopolita. Ressaltou porém que precisa haver ;uma transformação das pesquisas das universidades com aplicação prática. Aqui em Oxford, por exemplo, temos um trabalho próximo com laboratórios de remédios e a indústria farmacêutica.; Para Hamilton, ;a internacionalização das universidades não começou ontem, é algo que, em muitas, existe ao longo de toda a sua história;.

Segundo ele, internacionalizar é mais do que manter contato com instituições de outros países. ;É trazer pesquisadores e funcionários de fora, é fazer pesquisas conjuntas;, exemplificou. O reitor acredita que a internacionalização é a saída para que as universidades ;passem pelos desafios do século 21 e façam melhor as coisas que sempre fizeram.;

Peter Salovey, presidente da universidade de Yale, acredita que há uma banalização dos termos ;globalização; e ;internacionalização;. ;As pessoas falam sobre isso o tempo todo e definem como qualquer coisa que seja multicultural. Mas, na verdade, é algo que é composto por fases de atrair estudantes de longe, romper barreiras e ativar o networking - quanto mais globalizada a universidade, melhor o networking;, disse. Salovey citou o desenvolvimento de grandes redes de ensino, formadas por diversas escolas de diferentes países. ;Nesses casos, em vez de relações bilaterais - com ganhos de ;um para um; -, há múltiplos benefícios para todos os lados.;

O desenvolvimento de tecnologias e da educação a distância não podem e não devem substituir as estruturas físicas. É o que defende Peter Salovey. ;O câmpus físico e suas tradições continuam importantes para o futuro do networking da universidade globalizada. Ele se une às estruturas digitais nesse sentido;.

À frente da Universidade Nacional de Cingapura, Tan Chorh Chuan comparou a direção de uma universidade ao trabalho de um barqueiro. ;Durante um passeio por águas da Venezuela, eu perguntei ao barqueiro o que era mais relevante no trabalho dele. Ele respondeu que era ;ler bem as águas;. Do mesmo modo, nas universidades, temos que ler a correnteza e identificar os redemoinhos que atrapalham nosso caminho;. Ele comentou os desafios pelos quais o ensino superior passa na Ásia. ;Entre os desafios, estão oferecer educação de qualidade a preços acessíveis para uma quantidade de estudantes sem precedentes.;

Encontro de reitores no Rio de Janeiro

[SAIBAMAIS]Os debates do 3; Encontro Internacional de Reitores Universia continuam até terça (29), motivados pelo tema ;A universidade do século 21: uma reflexão a partir da Ibero-América;. Mais de 1,3 mil reitores se reúnem no Riocentro, no Rio de Janeiro, para a ocasião. O evento é organizado pela Universia, rede de 1.290 universidades associadas.


A programação do encontro pode ser conferida ao vivo pelo .

* A jornalista viajou a convite da Universia

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação