No Distrito Federal, há mais de quatro alunos na rede privada para cada aluno na rede pública. Apenas o estado de São Paulo conta com uma proporção maior de 5,30.
O censo revela ainda que nos últimos dez anos o número de ingressantes em cursos de graduação aumentou 76,4%, passando de 1,5 milhão para 2,7 milhões de alunos. Mais de 80% dos estudantes dessa modalidade de ensino optam por cursos presenciais, enquanto os cursos a distância correspondem a 18,8% das matrículas.
Na média do país, há cerca de 2,46 estudantes em instituições privadas para cada aluno da rede pública de ensino superior. O estado com maior discrepância é São Paulo, onde há mais de cinco alunos da rede privada para cada estudante de estabelecimentos públicos. Em seguida vem o Distrito Federal, com índice de 4,65 e Rondônia (3,88). Por outro lado, há estados onde há mais alunos matriculados na rede pública. São eles: Paraíba (0,78), Santa Catarina (0,79), Pará (0,80), Roraima (0,86) e Tocantins (0,93).
Concluintes
O censo revela que uma diminuição no número de concluintes do ensino superior. É a primeira vez que isso ocorre desde 2003. O número caiu de 1.050.413 em 2012 para 991.010 em 2013, uma queda de 5,7%. De acordo com o MEC, a queda se deve principalmente aos cursos presenciais do setor privado. Já na rede federal aumentou o número de concluintes em 3,8%.
Perfil de instituições, alunos e professores
Há atualmente 195 universidades no Brasil, que correspondem a cerca de 8% do total de instituições de ensino superior. No entanto, esses estabelecimentos detêm 53,4% das matrículas em cursos de graduação. Nas universidades, 90% dos cursos são presenciais e o grau acadêmico predominante é o bacharelado, com 66,8% das matrículas. As faculdades correspodem a 84,3% das instituições de ensino superior no país, mas concentram apenas 29,2% dos alunos.
[SAIBAMAIS]O aluno típico matriculado em curso presencial da educação superior é mulher, tem 21 anos, estuda à noite em um curso de bacharelado de uma instituição privada.A maioria dos docentes da educação superior tem mestrado ou doutorado.O professor típico da rede pública é homem, tem 36 anos, com doutorado e trabalha em tempo integral em regime de dedicação exclusiva. Nas instituições privadas o docente é mais jovem, possui mestrado e é horista.
O grau tecnológico já corresponde a 13,6% do número de matrículas na educação superior. Em 2003, esse percentual era de 2,9%. A maioria desses cursos, 85,6% são oferecidos por isntituições privadas, contra 14,4% da rede pública.
Educação a distância
Há mais de 1,2 mil cursos a distância no país, que têm participação superior a 15% nas matrículas de graduação. A oferta dessa modalidade de formação está concentrada nas instituições privadas, que detêm 86,6% das matrículas, contra 13,4% de estabelecimentos públicos. Do total, 70,8% das instituições são universidades, 25,2% são centros universitários, 3,2% são faculdades e 0,8% são Institutos Federais (IFs) e Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet).
Estudantes estrangeiros
Cerca de 40% dos alunos estrangeiros matriculados em cursos de graduação do país vêm das Américas, seguidos por 32,6% de alunos da África, 17% da Europa, 9,5% da Ásia e 0,2% da Oceania. O país que com mais alunos matriculados no Brasil é Angola, que tem liderado esse número há quatro anos. Em seguida, vêm os estudantes paraguaios e argentinos. Os países fronteiriços representam quase um terço do total de alunos estrangeiros na educação superior do país.
Pessoas com deficiência
A matrícula de pessoas com deficiência no ensino superior aumentou quase 50% nos últimos quatro anos. Em 2010, havia 15.961 estudantes com deficiência matriculados em cursos superiores, número que passou para 23.067 em 2013. Nos cursos a distância, o número foi de 3.908 a 6.154 em quatro anos.
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