Jornal Correio Braziliense

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Estudante de Brasília vai estudar medicina na Rússia

Qualidade no ensino estrangeiro e custo benefício foram decisivos para a escolha da futura universitária

Raquel Franco Albuquerque, 18 anos, embarcou nesta terça-feira (30/9) para a cidade russa de Kursk (a aproximadamente 550km de Moscou) para estudar medicina. Natural de Brasília, Raquel concluiu o 3; ano do ensino médio em 2013 e conta que, desde então, tentou garantir a vaga no curso dos sonhos nas universidades brasileiras. ;Tentei em vários estados do país, inclusive em instituições particulares. Aqui no Distrito Federal, tive nota para passar em qualquer curso, como direito e odontologia, mas meu sonho sempre foi cursar medicina;, diz.
, que também é responsável pela seleção dos candidatos, inscrição na universidade e recolhimento dos documentos para permanência legal no país. Segundo a instituição, atualmente existem mais de 350 alunos brasileiros matriculados na Universidade de Kursk, onde Raquel estudará.

Hoje, nem mesmo o idioma é empecilho para se estudar no exterior. As aulas na faculdade serão ministradas em inglês, mas o russo também será disciplina obrigatória na grade horária. Além disso, quem é selecionado no processo seletivo das instituições russas pode ir para o país fazer um curso preparatório de idiomas de até nove meses antes de ingressar na faculdade. Como já é fluente em inglês, a estudante Raquel Franco Albuquerque ingressará logo no primeiro ano dos seis que enfrentará para se formar.

O diploma de medicina adquirido em outros países só tem validade no Brasil após o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira). Apesar disso, Raquel não se intimida, já que o certificado profissional que adquirirá terá validade em toda Europa. ;Nem penso em voltar para o Brasil depois de me formar; Mas tenho conhecimento da importância do Revalida e acho que o pessoal formado em Kursk tem boas chances de passar no exame.;

A estudante conta que os pais já estavam preparados para a separação e que, antes de conhecer as possibilidades de estudar na Rússia, ela cogitava ir para a Argentina estudar na Universidad de Buenos Aires (UBA) . ;Eles sabiam que, para mim, já era certo que eu iria para outro país se não conseguisse passar no vestibular.; Desde que soube que se mudaria para realizar o sonho, a estudante criou um , chamado Amor que não se MED, para compartilhar com os interessados os requisitos da universidade e outras curiosidades sobre o curso. Raquel garante que as postagens continuam. Só que, a partir de agora, direto da Rússia.