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Pleito para escolher novo gestor da UnB começa na próxima semana

Esforço para controlar os gastos e equilibrar as contas marcou a atual gestão da universidade, que chega ao fim em novembro deste ano

postado em 21/07/2016 06:10

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Assim como ocorreu em outras federais, o corte de gastos na educação marcou a atual gestão da Universidade de Brasília (UnB), que chega ao fim em novembro. Os dados do relatório de gestão, apresentados neste mês, mostraram o tamanho do desafio: só a folha de pagamento toma conta de mais de 75% do orçamento total da instituição. É consenso entre as diversas representações da instituição que a administração teve o mérito de equilibrar as contas, mas os investimentos ficaram em segundo plano e precisarão receber mais atenção da próxima reitoria, que será escolhida pela comunidade acadêmica no fim de agosto. As chapas começam a se inscrever na próxima semana.

Uma das principais ações da atual gestão, dirigida pelo reitor Ivan Camargo, foi a regularização da força de trabalho da Fundação Universidade de Brasília (FUB). Em 2012, havia quase 650 trabalhadores sem vínculo formal com a instituição, número zerado no ano passado. O custo aluno sofreu queda de 35% e os investimentos em tecnologia da informação e comunicação também caíram. Segundo o Decanato de Planejamento e Orçamento (DPO), a diminuição é resultado da restrição orçamentária do Ministério da Educação (MEC). ;Não é uma equação fácil: expansão, inserção social e a garantia da excelência acadêmica. E temos que conjugar tudo isso com a redução do orçamento;, avalia Mauro Rabelo, decano de Ensino de Graduação.

Victor Aguiar, coordenador-geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), destaca o fato de a austeridade não ter afetado a qualidade da produção acadêmica. Pelo contrário, a universidade voltou a figurar em melhores posições em rankings internacionais e alcançou a nota máxima no Índice Geral de Cursos (IGC), avaliação feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). ;Por causa da crise, as universidades federais foram muito prejudicadas, mas, mesmo assim, conseguimos saltar da 25; para a 9; colocação na América Latina, segundo o ranking da QS;, lembra. A companhia britânica Quacquarelli Symonds (QS) monta uma lista com as 300 melhores instituições de ensino superior dos países latino-americanos.

Para Rabelo, do Decanato de Ensino de Graduação, a melhor colocação da universidade nessas avaliações é fruto do trabalho na orientação dos coordenadores dos cursos sobre o preenchimento correto da plataforma do MEC e a relevância do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

Os dados do balanço também mostram que a UnB ainda precisa avançar para se tornar efetivamente uma instituição do século 21. Quase metade dos prédios ainda não tem acesso à rede de internet sem fio própria da instituição, por exemplo. De acordo com o DOP, esse cenário pode mudar até o fim do ano, quando devem ser concluídam a duplicação e a expansão dos pontos de acesso, que passarão de 520 para 1.020 pontos. Hoje, os departamentos que não contam com esse serviço têm à disposição redes individuais, administradas pelo próprio corpo docente ou técnico.

Assistência

O número de alunos atendidos pela assistência estudantil aumentou quase 85% em 2015 com relação a 2012, mas ainda é baixo para o universo de quase 38 mil estudantes. A ampliação do atendimento coincide com o percentual de 50% de cotas para escolas públicas que a universidade atingiu este ano, por determinação da legislação federal. ;Nós abrimos as portas da universidade para novos acessos, mas também temos que pensar em políticas de permanência;, afirma Luísa Baumgarten, diretora de Desenvolvimento Social do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC).

A bolsa-auxílio concedida pela UnB a estudantes em situação de vulnerabilidade social é de R$ 465. O auxílio-moradia ; para os alunos que alugam imóveis ; é de R$ 530. Os que não moram em Brasília têm a opção de concorrer a uma vaga na Casa do Estudante (CEU), que atualmente abriga 350 discentes da instituição, alguns deles de outros países. Eles ocupam os três blocos, entregues reformados no segundo semestre de 2014.

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