Por diversas vezes, o bacharel foi até a faculdade cobrar o diploma. Em julho de 2015, Marcos fez um requerimento, além de enviar e-mails, que nunca foram respondidos. Na última tentativa, procurou o diretor do câmpus de Taguatinga, que lhe disse para esperar mais um mês. Mais uma vez, nada foi resolvido. ;Alguns amigos que se formaram comigo disseram que, em 90 dias, conseguiram o diploma. Não tem justificativa para que haja essa demora excessiva da instituição, eu nunca recebi um posicionamento certo da faculdade;, diz.
Agora, Marcos pretende fazer uma reclamação para o Ministério da Educação (MEC) e, depois, entrar com um processo contra a instituição de ensino. Leyla da Silva Martins de Castro, 46 anos, mãe do jovem, diz que o filho se dedicou bastante durante a faculdade ; dividindo o tempo entre um cursinho preparatório para concursos e estágio. "Ele se preparava para um concurso da Polícia Militar de Goiás, porém, sem o diploma, não tem como comprovar a conclusão do curso. Até uma declaração é difícil de conseguir nessa faculdade. Eu estou revoltada, frustrada, nunca deixei atrasar um único dia o pagamento das mensalidades dele", conta. "Terminar o curso deveria dar o direito imediato ao diploma."
;Eu me sinto lesada. Se o caso não se resolver depois que esta reportagem for publicada, vou recorrer à Justiça. A Anhanguera age com descaso em relação aos alunos - mesmo um prazo de seis meses é muito longo para a emissão de um diploma;, fala.
Contatada pelo Eu, Estudante, a Faculdade Anhanguera de Brasília informou que o diploma de Marcos Martins de Castro está registrado e que ele poderá retirá-lo na secretaria da instituição a partir de 21 de novembro.
*Estagiária sob supervisão de Ana Paula Lisboa