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'Me autodeclarei parda, pois é o que sou', diz estudante citada na polêmica

Estudante de medicina de 19 anos está envolvida na polêmica como um dos alunos que teriam burlado a política de cotas raciais da UFMG: 'Nunca me autodeclarei negra'

Portal UAI
postado em 26/09/2017 11:20
O exemplo da estudante Rhuanna Laurent Silva Ribeiro, aluna do primeiro período de medicina na UFMG, é emblemático para determinar a controvérsia em torno do questionamento no acesso às cotas raciais no ensino superior público. A jovem de 19 anos, natural de Divinópolis, na Região Centro-Oeste, se viu envolvida na polêmica como um dos alunos que teriam burlado a política de cotas raciais da instituição. ;Eu me autodeclarei parda, pois é o que sou. Descendo de negros e índios. Esta é a minha etnia, o meu contexto familiar. Nunca me autodeclarei negra;, disse a jovem, na companhia dos pais, Gilberto José da Silva, advogado, e Silvana Maria Silva Ribeiro, funcionária pública.

[SAIBAMAIS]Com o semblante abatido, a família esteve ontem na direção da Faculdade de Medicina da UFMG para falar sobre o assunto. ;Ela ficou tão abalada emocionalmente que até pensou em abandonar os estudos hoje (ontem);, contou Silvana, acrescentando que a filha sempre teve uma vida escolar exemplar. ;Tivemos que perder o dia de trabalho para ficar com ela;, disse o advogado, que estuda medidas legais em relação ao episódio. ;Fiz minha matrícula, e ela foi aceita. Ninguém na universidade contestou. O diretor disse que não há nenhum processo contra mim;, disse Rhuanna Laurent. O nome composto foi escolhido de comum acordo entre os pais. ;Rhuanna era o nome de uma menina que estudava numa escola onde trabalhei. Já Laurent foi dado pelo pai;, disse Silvana.

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