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Ocupação da reitoria na UnB pode ser ampliada para outros prédios do câmpus

Segundo integrantes do movimento, decisão pode ser tomada em assembleia

Eu, Estudante
postado em 13/04/2018 11:09
Os estudantes que participam da ocupação da Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) desde a tarde da última quinta-feira (12) podem estender o ato para outros prédios da instituição. Segundo responsáveis pelo movimento, a medida, contudo, passará por decisão da assembleia. As lideranças, contudo, afirmaram na manhã desta sexta-feira que o movimento pode repetir as decisões de protesto em 2016, quando, pelo menos, 15 prédios da instituição do câmpus Darcy Ribeiro e Planaltina registraram ocupações estudantis.
A tomada do prédio da Reitoria ocorreu por volta das 14h30 de quinta-feira (12) após decisão em assembleia no Ceubinho. Eles cobram uma audiência pública com a presença de representantes do Ministério de Educação da UnB, além da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.Também pedem auditoria nas contas da instituição e pedem a manutenção de contratos de funcionários terceirizados, sem cortes de funcionários.
[SAIBAMAIS]Na manhã desta sexta-feira (13), após a primeira noite no local, barricadas com cadeiras e poltronas das salas continuam impedindo o acesso livre ao local, exceto para os que comprovam ser estudantes da universidade. A expectativa é de que a ocupação acabe na segunda-feira (16), mas é possível que se prolongue por mais tempo, porque os manifestantes prometem não sair até terem um ;respaldo da reitoria;.
Alunos que participam da manifestação fizeram uma reunião na noite desta quinta-feira (12) para tratar da organização do movimento, mas não divulgaram mais detalhes e se recusam em dar entrevistas à imprensa.

Divergência entre MEC e UnB
A crise orçamentária que vive a UnB, com déficit de 92 milhões de reais previsto para 2018, é marcada pela diferença entre o que diz a universidade e o que afirma o MEC. A UnB aponta que teria dinheiro para custear as despesas somente até maio e que corre o risco de interromper as atividades em agosto. O órgão, no entanto, afirma que o valor repassado à instituição cobre os gastos até o fim do ano e acusa ;má gestão; dos recursos transferidos. Ontem, o chefe de gabinete da UnB, Paulo César Marques, explicou que a diferença se deve em razão da universidade apresentar o orçamento que de fato opera e o MEC mostrar o orçamento geral. "O Ministério pontuou as despesas gerais que a gente sequer vê a cor desse dinheiro. Inclui aposentadoria, por exemplo. A gente trabalha com o que sobra do orçamento para custeio, despesa, investimento e etc", esclareceu.

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