A assessoria de comunicação da corporação afirmou que a identidade do suspeito e os crimes do qual é acusado só serão revelados em coletiva à imprensa às 15h. Sabe-se, porém, que a professora vem sofrendo ameaças, inclusive de morte, por telefone e pela internet, devido ao seu posicionamento em favor da descriminalização do aborto. Além disso, na quarta-feira (18/7), ela foi agredida por um grupo de pessoas ao sair de um evento em Brasília.
Especialista em bioética, direitos humanos e saúde, Débora está à frente da Anis ; Instituto de Bioética, organização não governamental que deu consultoria ao PSol na elaboração da ação que propõe a descriminalização do aborto até a 12; semana de gestação. O assunto é tema de audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) desde a sexta-feira (3/8).
[SAIBAMAIS]
Os ataques a professora da UnB começaram após a ministra do STF Rosa Weber convidá-la para participar das audiências públicas sobre o aborto. ;Começaram a fazer campanha me desqualificando, me chamando de assassina, de monstro e me mandaram coisas mais graves. Depois me ligaram, me mandaram mensagens com ameaças mais explícitas;, relatou a professora, em julho, antes de decidir parar de dar entrevistas, por medo de sofrer mais ataques.
Por conta dos insultos, ela registrou boletim de ocorrência na Deam e recorreu ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para ser incluída no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH), do governo federal. Debora conta com medidas protetivas com o objetivo de preservá-la.