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Mapa do Ensino Superior mostra 27 novas profissões que devem surgir

Atividades em destaque envolvem habilidade em análise de dados e visão de negócios. Estudo aponta ainda que faculdades estão começando a investir em financiamentos próprios devido às mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES)

Thays Martins
postado em 27/09/2018 16:44
Nesta quinta-feira (27), o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino superior no Estado de São Paulo (Semesp) divulgou o Mapa do Ensino Superior no Brasil de 2018. O levantamento mostra que muitas faculdades estão começando a investir em financiamentos próprios devido às mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).

Em 2012, o total de ingressantes com Fies representava 9,3% e passou a 21,3% em 2014. A partir de 2014, essa porcentagem caiu para 11,5% em 2015 e chegou a 7,2% em 2016. A porcentagem de ingressantes com bolsas provenientes de crédito próprio das instituições de ensino superior (as IES), de 2012 a 2014, manteve-se estável em torno de 14%, mas passou para 20,8% em 2015 e chegou a 23,5% em 2016. No caso do Programa Universidade para Todos (ProUni), houve um crescimento de 161% em 12 anos.

O levantamento mostra, ainda, que a maior parte de quem está no ensino superior está na faixa etária dos 18 aos 24 anos, a maior parte deles provenientes do ensino médio público. No caso das faculdades particulares, o número chega a 68,4%. Nas universidades públicas, esse número cai para 59,9%.
[SAIBAMAIS]
Os cursos mais procurados são direito, administração, engenharia civil enfermagem, psicologia, ciências contábeis, pedagogia, arquitetura e urbanismo, fisioterapia e engenharia de produção. No caso do EAD foram pedagogia, direito administração, engenharia civil, medicina, agronomia, formação de professor de biologia, ciências contábeis, formação de professor de matemática, formação de professor de língua portuguesa.
Atividades em destaque envolvem habilidade em análise de dados e visão de negócios. Estudo aponta ainda que faculdades estão começando a investir em financiamentos próprios devido às mudanças no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES)

Novos destaques

O mapa aponta uma série de profissões que tendem a ganhar destaque nos próximos anos. De acordo com o relatório, em várias áreas há a tendência que novos empregos surjam. Na agricultura e veterinária, por exemplo, poderão aparecer vagas para agricultor digital, agricultor urbano e design de máquinas agrícolas. Isso porque, devido ao aumento populacional existe uma tendência a produção de fazendas verticais destinadas à produção agrícola intensiva e para a aproximação dos polos de produção e consumo, além de promover o engajamento social, o que fará com que essas profissões sejam requisitadas.

No caso do direito, o curso mais procurado no DF, a previsão é que no futuro haja vagas para áreas como para defensor da ética tecnológica. Esse profissional atuará como intermediário entre humanos, robôs e inteligência artificial, estabelecendo as regras morais e éticas sob as máquinas que existir.

Ao todo, são apontadas 27 novas áreas de atuação que devem ganhar destaque nos próximos anos. Além disso, o relatório coloca as habilidades que serão mais desejadas. São elas: saber coletar e analisar dados, ter visão de negócios em inteligência artificial, flexibilidade, saber sobre programação, ser colaborativo, ser criativo e se adaptar fácil, entender de computação matemática, saber gerir, se comunicar e empreender.

O estudo foi dividido em oito áreas: educação, humanidades e artes, ciências sociais, negócios e direito, ciências, matemática e computação, engenharia, produção e construção, agricultura e veterinária, saúde e bem-estar social, e serviços. O levantamento foi feito com base na leitura de diversos relatórios e estudos publicados, em uma ampla pesquisa do mercado de trabalho no Brasil e no mundo e no uso da metodologia Big Data Analytics. Além disso, foram realizadas discussões com especialistas que colaboraram para a definição das áreas.

O DF no mapa

O Distrito Federal é a unidade da federação em que há mais jovens no ensino superior: 35% daqueles entre 18 e 24 anos estão na faculdade. Em 2016, houve uma queda de 1,3% das matrículas no ensino superior. Na rede pública ocorreu crescimento de 2,6%, totalizando 37 mil matrículas.

Na capital, 27 instituições oferecem ensino a distância. Nesta modalidade, houve aumento de 28% no número de ingressantes. O curso presencial mais procurado foi direito, com 30,4 mil matrículas. O curso de gestão de pessoal/recursos humanos teve a maior procura em EAD, registrando mais de 5,3 mil alunos matriculados.
Clique aqui e confira o mapa completo.
*Estagiária sob supervisão de Ana Sá

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