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Mensalidades no ensino superior privado subiram mais de 6%, aponta estudo

Aumento foi de 6,3% em cursos na modalidade presencial e 7,7% no ensino a distância. Dados foram publicados pela Quero Educação, startup de tecnologia especializada em marketing educacional

Eu, Estudante
postado em 18/10/2018 19:39
A Quero Educação publicou o Panorama do Ensino Superior Privado, levantamento que aponta os cursos mais buscados pelos brasileiros, evasão e o perfil do estudante da pós-graduação. A pesquisa mostrou que, apesar de um sinal de recuperação do setor de educação superior privada no país, os preços das mensalidades das faculdades particulares apresentaram alta de 6,3% na modalidade presencial e 7,7% no ensino a distância (EaD). Os números dizem respeito ao segundo semestre de 2018, na comparação com o mesmo período do ano passado.
A imagem mostra uma mão dando notas de $50 a outra

O aumento ficou acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que foi de 1,8% no acumulado de 12 meses terminados em maio deste ano. Os dados são do Índice Nacional de Preços de Mensalidades - Quero Bolsa (INPM-QB), que calcula a inflação do setor, divulgado pela Quero Educação, startup de tecnologia e especializada em marketing educacional.

O índice mapeou mais de 1.300 Instituições de ensino superior (IES), o que representa mais de 80% do mercado nacional, em todos os estados do país, e levou em consideração o preço de tabela dos cursos, antes de qualquer desconto.

Nas categorias de cursos, todas as áreas: ciências sociais, negócios e direito; educação; saúde e bem-estar social; serviços; humanidades e artes; ciências, matemática e computação; engenharia, produção e construção; e agricultura e veterinária - apresentaram inflação real positiva, com destaque para ciências, matemática e computação e para educação que registraram inflação nominal acima de 10%. Por sua vez, a área de engenharia, produção e construção apresentou a menor inflação nominal (3,1%).

O panorama também trouxe um ranking dos cursos mais buscados. De acordo com o levantamento, direito, enfermagem, administração, psicologia e pedagogia seguem sendo os cinco cursos mais buscados. O ranking dos 10 mais inclui ainda educação física, fisioterapia, nutrição, ciências contábeis e farmácia.

Os cursos de engenharia civil e arquitetura e urbanismo são os que apresentaram maior queda. arquitetura recuou duas posições no último ano - de 16; para a 18; colocação. A engenharia civil caiu três lugares para ficar em 15; mais buscados, em 2018.

Evasão

Com o cruzamento de dados dos Censos da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) desde 2011, o Panorama do Ensino Superior identificou que a evasão sofreu uma piora a partir de 2015. A alta de 19% (em 2011) para 23% (em 2015) é explicada, principalmente, pela crise econômica no país e, no caso específico da educação presencial, por causa da redução nos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no fim de 2014.

Entre os principais motivos para a evasão de alunos no ensino superior estão: não pagamento de mensalidades, compromissos pessoais / profissionais e falta de identificação com o curso escolhido. A pesquisa mostrou também que os estudantes que nunca trabalharam são menos propensos a evadir. Em pós-graduação, o panorama trouxe dados de que o público da pós é majoritariamente feminino (63%) e a renda média entre os alunos é de R$ 1.970. Destaque ainda para a demanda por cursos de gestão, principalmente os do tipo master of business administration (MBA), que representam 30% das matrículas.

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