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Universidade é a primeira a adotar cotas para transgêneros através do SISU

A partir de 2019, a Universidade Federal do ABC disponibilizará 32 vagas exclusivas para esses alunos, por meio do SISU, com base na nota do Enem

Mariana Fernandes
Mariana Fernandes
postado em 22/12/2018 17:09
A partir de 2019, a Universidade Federal do ABC disponibilizará 32 vagas exclusivas para esses alunos, por meio do SISU, com base na nota do Enem

A Universidade Federal do ABC (UFABC) destinará, a partir do ano que vem, 32 vagas exclusivas para estudantes transgêneros nos cursos de graduação. As oportunidades serão preenchidas por meio do SISU (Sistema de Seleção Unificada), com base na nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A decisão, aprovada por conselho em outubro deste ano, torna a instituição a terceira no país a reservar vagas na graduação para pessoas transexuais e a primeira a utilizar o SiSU como sistema de entrada.

A reserva de 1,5% das vagas ofertadas anualmente será aplicada para ingresso nos dois bacharelados interdisciplinares oferecidos pela instituição: Bacharelado em Ciência e Tecnologia e Bacharelado em Ciências e Humanidades.

Além disso, metade das vagas reservadas será destinada a estudantes que, além de se autodeclararem transgêneros, enquadrem-se na categoria de baixa renda, com renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio.

Atualmente, a Universidade Federal do Sul da Bahia e da Universidade Estadual da Bahia também possuem este sistema de cotas no país.

Para os interessados, as inscrições iniciam em 22 de janeiro e encerram em 25 de janeiro. Todos os cursos de graduação oferecidos pela UFABC são gratuitos. As chances são para o período noturno e matutino, nos campi de Santo André e São Bernardo do Campo. Para saber mais, acesse aqui.

Outros direitos na UFABC

De acordo com a universidade, em 2011, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (ConsEPE) da instituição aprovou a inclusão do nome social de travestis e transexuais nos registros acadêmicos da Universidade.

Em julho de 2017, a Universidade publicou também uma Portaria regulamentando o uso dos banheiros da instituição de acordo com o gênero com o qual cada pessoa se reconhece.

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