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Orçamento da Educação depende da reforma da Previdência, diz ministro

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, vê na aprovação da reforma uma solução para o descontingenciamento das universidades

Maria Eduarda Cardim
postado em 14/05/2019 11:11
O ministro expôs a mesma apresentação que levou a Comissão de Educação, Cultura e Esporte Em um café da manhã com jornalistas, nesta terça-feira (14/5), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a falar dos contingenciamentos anunciados nos orçamentos das universidades e institutos federais. Weintraub afirmou que não tem como antecipar se haverá novos congelamentos no orçamento da Educação e também voltou a relacionar um provável descontingenciamento a aprovação da reforma da Previdência no Congresso.
Questionado se poderá haver mais contingenciamentos na pasta da Educação, o ministro preferiu não prever. ;Hoje eu vou falar com o Paulo Guedes e vou perguntar especificamente sobre isso. Hoje eu não tenho como antecipar. Falei com ele rapidamente ontem e ele me disse para ficar tranquilo;, ressaltou. "A única certeza na vida é a morte e os impostos", completou ao responder se o Ministério da Educação (MEC) estaria blindado.
O gestor da pasta se considera otimista com a aprovação da reforma. "Sem a nova Previdência, o Brasil está em rota de insolvência fiscal. Não é questão de ;se;, mas de quando", afirmou. Caso a matéria não seja aprovada no legislativo, o ministro preferiu não sugerir o que pode acontecer e comparou o acontecimento com um desastre natural. ;No cenário positivo é fácil de prever. O cenário de stress é difícil de você traçar. O que acontece se cair um meteoro nos Estados Unidos? É difícil de falar; completou.

Eficiência das universidades

Além de ver na aprovação da reforma uma solução para o contingenciamento das universidades, Weintraub voltou a questionar se as mesmas não podem buscar eficiências para economizar recursos. "Sempre dá para buscar eficiência. A Polícia Militar de Brasília topa fornecer segurança pra UnB. Esse tipo de atitude é buscar eficiência e economizaria", afirma.

"A partir de setembro, se não houver descontingenciamento, talvez falte o recurso", disse o ministro ao explicar a situação das universidades. Segundo o ministro, alguns reitores já procuraram a pasta. "Já recebemos 50 reitores em 40 dias. Todos eles admitem que não estão tendo impacto no dia a dia", disse Weintraub.
Além do ministro, também estiveram presentes no evento o secretário de educação superior, Arnaldo Barbosa Lima Junior, o secretário executivo da pasta, Antônio Paulo Vogel, a assessora especial do MEC, Priscila Mesiano, e o secretário de alfabetização, Carlos Francisco de Paula Nadalim.

Greve

A Greve Nacional da Educação, marcada para esta quarta-feira (15/5), não foi mencionada pelo atual ministro. Apesar disso, a portaria do prédio do ministério já tinha a presença da Força Nacional de Segurança na manhã desta terça. Segundo o secretário executivo da pasta, Antônio Paulo Vogel, a presença da Força Nacional é normal e foi chamada por precaução. ;O objetivo é a proteção do patrimônio;, disse ao final do evento.

Antes de responder os questionamentos dos jornalistas, o ministro expôs a mesma apresentação que levou a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), no Senado, na última semana. Ao explicar as diretrizes para o MEC e as políticas para a educação, Weintraub citou a educação básica, que se referiu como a "maior vulnerabilidade", como o foco da atual gestão.

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