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Mourão defende contingenciamento, mas admite necessidade de esclarecimentos

Nesta quarta-feira (15/5), acontece em várias cidades do Brasil, manifestações contrárias aos cortes nos orçamentos das universidades

Rodolfo Costa
postado em 15/05/2019 14:45
Nesta quarta-feira (15/5), acontece em várias cidades do Brasil, manifestações contrárias aos cortes nos orçamentos das universidades O presidente em exercício Hamilton Mourão defendeu o contingenciamento aplicado pelo governo, mas reconheceu que é importante discutir o assunto junto à sociedade. Em mea-culpa feito pelo vice-presidente, admitiu nesta quarta-feira (15/5) que a comunicação sobre os cortes na educação não é eficiente e pode melhorar, reforçando a importância de o ministro da Educação, Abraham Weintraub, dar explicações no Plenário da Câmara.

A convocação de Weintraub à Casa foi decidida na terça-feira (14/5), por ampla maioria dos deputados votantes. A ideia é que ele dê justificativas técnicas que respaldam o contingenciamento na educação. ;Temos falhado na nossa comunicação e, agora, é uma oportunidade que o ministro vai ter para explicar isso tudo;, destacou Mourão, concordando que o ministro precisa dar explicações.

Diferentemente do presidente Jair Bolsonaro que, em Dallas, nos Estados Unidos, classificou os manifestantes como ;idiotas úteis; e ;massa de manobra;, Mourão foi mais equilibrado. ;Manifestação faz parte do sistema democrático, desde que seja pacífica, ordeira e não limite o direito de ir e vir das pessoas. É uma forma que aqueles que se sentem inconformados têm de apresentar seu protesto. É normal;, declarou.

O presidente em exercício evitou, no entanto, classificar o contingenciamento como ;cortes na educação;. ;O que existe não é corte. É contingenciamento que ocorreram ao longo de todos os governos. A única exceção foi ano passado, que o (ex) presidente (Michel Temer) liberou orçamento em fevereiro. Todo ele;, explicou.

O vice destaca que o Ministério da Educação inscreveu e reinscreveu em 31 de dezembro R$ 32 bilhões de despesas empenhadas e que não foram liquidadas, os restos a pagar. Desses recursos, a pasta pagou R$ 7 bilhões este ano. ;Isso aí é financeiro que entrou este ano, pois o financeiro não vira de um ano para o outro e isso impacta em momento onde estamos arrecadando pouco. Por isso a necessidade do contingenciamento;, declarou Mourão.

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