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Cortes são diferentes para cada federal e variam de 15% a 54%

Informação é de levantamento da Andifes e de fórum de reitores. O percentual de bloqueio é sobre a verba não obrigatória das universidades

Luiz Calcagno
postado em 16/05/2019 17:47
Diretores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), que reúne reitores de várias universidades públicas, apresentaram um painel de cortes e contingenciamento de verbas nas instituições de ensino. O programa, que está disponível no site da associação, mostra, por exemplo, que o bloqueio de verbas do Ministério da Educação (MEC) impacta de forma diferente as instituições.
Painel foi criado  para mostrar a situação das instituições federais
Segundo o tamanho, o tempo e a dotação orçamentária, o bloqueio pode variar de 15,82%, como ocorreu na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a 53,96%, como na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Esses valores são chamados de discricionários e são voltados para despesas como água, luz e telefone, e também manutenção e compra de materiais para o funcionamento das instituições.

O presidente da Andifes, Reinaldo Centoducatte, afirmou acreditar que, com o contingenciamento, nenhuma das universidades federais conseguirá fechar o ano. Isso porque as instituições já trabalham com uma verba menor. Do orçamento anual, o governo só liberou 40%, e as instituições vem sofrendo e se adequando a cortes desde 2014.

O orçamento total das federais do Brasil é de R$ 56,61 bilhões. Desses, R$ 6,99 bi são de verba discricionária. O governo insiste em dizer que está retendo cerca de R$ 2,08 bi. Mas a Andifes considera que a nomenclatura adotada é secundária, pois o efeito da retenção nas universidades provoca o mesmo impacto de um corte. Além disso, Centoducatte argumentou que não é possível esperar a reforma da Previdência passar para discutir a situação das universidades.

Ainda assim, o presidente da Andifes mantém uma postura amistosa e afirma que vai dialogar com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, e mostrar a necessidade desses recursos para o funcionamento das instituições.

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