Ensino_EnsinoSuperior

Escolas públicas paralisam as atividades

Professores participam de assembleia na Praça do Buriti, convocada pelo Sinpro-DF

Samara Schwingel*
postado em 14/06/2019 11:12
Segundo o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), em torno de 70% das 792 instituições públicas de ensino pararam as atividades nesta sexta-feira, mas as 538 escolas particulares mantiveram as aulas regulares durante a greve nacional contra a reforma da Previdência e os cortes na educação. Os professores da rede pública participaram de assembleia, na Praça do Buriti, para deliberar também sobre pauta de reivindicações da categoria. Segundo a Polícia Militar, cerca de 400 docentes participaram da reunião. A estimativa do sindicato foi um público de 3 mil filiados.
Professores participam de assembleia na Praça do Buriti, convocada pelo Sinpro-DF
Os professores
Professores na banca da assembleia

Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro, disse que a categoria é fortemente atingida pela reforma da Previdência e por isso optou por aderir à paralisação. ;É uma pauta que temos em comum com as outras classes trabalhadoras. Qualquer ato ou mobilização de combate à reforma, nós participaremos;, diz. ;Além disso, os diversos ataques à educação também são assunto de nosso interesse; também estamos em greve hoje pois já é o quarto ano em que não há reajuste salarial para os professores;, comenta.
;O calendário da categoria é de luta. As coisas não se encerram hoje, temos muita luta pela frente;. A diretora do Sinpro-DF afirma que é importante que os professores levam a questão da reforma da Previdência para debate dentro do ambiente escolar. ; É uma questão que atinge a todos os trabalhadores.;
[FOTO5]
[SAIBAMAIS]

Segundo Samuel Fernandes, diretor do Sinpro-DF, durante a assembleia realizada na Praça do Buriti, o sindicato discute questões como a retirada de direitos do magistério público; pedem mais investimentos na educação; a nomeação de professores aprovados em seleções públicas e exigem novos concursos para a categoria;pagamento das aposentadorias, manutenção da licença prêmio, regularização do pagamento do PDAF (Programa de Descentralização Administrativa e Financeira) para as escolas, plano de saúde e pela equiparação salarial com as demais categorias de nível superior.
Henrique Torres, professor da rede pública, acredita que a aposentadoria é o que mais está em pauta entre os profissionais. ;Estão desvalorizando os professores. Por exemplo, eu vou me aposentar com 74 anos, segundo a reforma. Não tem como fazer isso e manter a saúde;. Ele afirma que os estudantes também são afetados. ;Se um professor não tem estrutura no ambiente de trabalho nem saúde mental, como ele pode exercer um bom trabalho em sala de aula?;, questiona.

[FOTO6]
*Estagiária sob a supervisão de Ana Sá

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação