Isadora Martins*
postado em 27/09/2019 20:21
São Paulo ; No segundo dia do Fórum Nacional do Ensino Superior Particular Brasileiro (Fnesp), dois institutos de ensino superior (IES) apresentaram cases de sucesso: a Saint Paul Escola de Negócios, em São Paulo; e a Universidade do Sul da Flórida, nos Estados Unidos. Para aperfeiçoar as práticas acadêmicas, ambas utilizaram modelos estatísticos, big data e análise de dados.
Conheça os cases:
Plataforma com inteligência artificial
A Saint Paul lançou, em 2018, a plataforma LIT, que ajuda o estudante a saber o que ele precisa aprender. A LIT conta com um sistema de inteligência artificial, chamado Paul, que faz uma série de perguntas para o usuário a fim de entender quais são as maiores dificuldades dele em determinado tema.
;O aluno entra no programa, escolhe um curso e conversa com o Paul, que vai descobrir o que ele (o aluno) sabe sobre aquele conteúdo;, explica o presidente da Saint Paul Escola de Negócios, José Claudio Securato.
;A grande beleza são os dados que a gente coleta nessas interações;, acrescenta. ;O resultado final para o estudante é que a gente diz: Olha, você não precisa fazer o curso inteiro. Você pode fazer só essa parte, porque a outra você já domina.;
[SAIBAMAIS]
Ainda de acordo com Securato, as instituições de ensino precisam acompanhar as transformações da sociedade a partir da Revolução 4.0. ;Será que essas mudanças chegaram à educação?;, questiona. ;O ensino precisa refletir as transformações tecnológicas, os novos modelos econômicos e, claro, tentar, de alguma forma, se aproximar de novos modelos culturais.;
Análise de dados
Os gestores da Universidade do Sul da Flórida tiveram a ideia de utilizar análise de dados para melhorar a experiência dos estudantes e diminuir a evasão nos cursos da instituição. ;Nossa universidade é nova, o que significa que temos algumas desvantagens;, afirmou o pró-reitor de Iniciativas Estratégicas da Universidade do Sul da Flórida, Bill Cummings. ;Porém, nós temos uma vantagem em relação às instituições mais antigas: podemos ser inovadores.;
Cummings explica que a universidade coleta dados que revelam a probabilidade de persistência de cada aluno no curso. Assim, a instituição pode intervir de forma direcionada e mais eficaz na vida acadêmica dos estudantes. ;Quando o aluno ingressa, a gente faz uma série de perguntas;, explica.
;O que ele fazia no ensino médio, quantas horas estudava, quais são as expectativas para o ensino superior e se ele tem algum amigo na universidade;, exemplifica. ;Essa última é minha pergunta favorita. O aluno, normalmente, fica longe da família e, se não tiver um suporte, as chances de ele ser bem-sucedido academicamente são drasticamente reduzidas;, explica.
De acordo com o pró-reitor, esses dados ajudam a universidade a desenvolver ; novas políticas, programas e práticas para identificar os riscos de problemas; e ;ter uma visão 360; dos estudantes;. Por fim, ele ressaltou: ;Acreditamos que todos os estudantes podem e terão sucesso se tiverem oportunidade. Esse é o nosso mantra;.
*Estagiária sob supervisão da editora Ana Sá. Viajou a convite do Semesp