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Professores da UnB protestam contra Future-se e cortes na educação

Protesto na Rodoviária do Plano Piloto reuniu cerca de 100 manifestantes, que ressaltaram os projetos da universidade que atendem toda a comunidade

Luiz Neto*
postado em 03/10/2019 20:00
Cartazes de protesto dos manifestantes
A Associação dos docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) realizou uma manifestação na tarde desta quinta-feira (3), por volta das 17h, na Rodoviária do Plano Piloto contra o programa Future-se e as políticas de corte na educação superior. O protesto reuniu professores, estudantes, técnicos e egressos da Universidade de Brasília (UnB). A organização do evento estima que cerca de 100 pessoas compareceram.
[SAIBAMAIS]
Luis Antonio Pasquetti, presidente da ADUnB, ressaltou a relevância da UnB no Distrito Federal, que ultrapassa a sala de aula e chega a atividades como o Hospital Universitário e a produção de fármacos e medicamentos para o mercado. ;Temos mais de 300 projetos de extensão envolvendo o território Calunga, Formosa, a Estrutural. São muitos os projetos que a universidade desenvolve;, disse.

;A universidade não é só para os estudantes. É para todo mundo!”, disse a estudante Ana Carolina de Aragão, caloura de ciências sociais que protestava contra os cortes no ensino superior.

Francilio é ex-aluno da UnB e protestou contra os cortes na educação
Francílio Rocha, formado em gestão de agronegócios na UnB em 2018, também participou da manifestação. Ele conta que os pais eram analfabetos e que, sem políticas como as do passe livre estudantil e do restaurante universitário, não teria a oportunidade de concluir o ensino superior. Em breve, ele pretende voltar ao mestrado na UnB. ;Ela é uma universidade com impacto incalculável. Como um aluno da periferia vai ter acesso à oportunidade?;, disse Francílio.

Teto de gastos

Para o secretário-geral da ADUnB, Cláudio Lorenzo, o discurso que as medidas de corte são por falta de verba é falso. ;Hoje o governo estabelece um teto de gastos para a universidade. Já foi R$ 140 milhões, hoje é R$ 70 milhões", diz.

O secretário-geral da ADUnB à esquerda. O presidente da ADUnB à direita.
E o que acontece é que se os professores captarem recursos na iniciativa privada, em unidades federais ou em órgãos internacionais para fazer pesquisa, mas ultrapassarem o teto de 70 milhões, eles [o governo] transformam isso em superávit. O governo fica com esse dinheiro;, disse o secretário.

Janaina do Nascimento é assistente administrativa e acha que a UnB é muito importante para o país. ;Onde já se viu cortar dinheiro da educação?;, disse Janaina.
*Estagiário sob supervisão de Jairo Macedo

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