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DCE/UnB organiza ato contra aumento das passagens na quinta (30/1)

Organização estudantil fez convite à população por meio das redes sociais. A concentração começará no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson e seguirá até o Palácio do Buriti

O DCE/UnB (Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília Honestino Guimarães) convoca toda população para um ato contra o aumento das passagens do transporte público do Distrito Federal nesta quinta-feira (30/1). A manifestação terá início às 16h, com concentração no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson e seguirá até o Palácio do Buriti.  

No convite para a manifestação, publicado nas redes sociais do DCE/UnB, o diretório convoca o ato "entendendo que o transporte público e a mobilidade urbana não devem servir para atender uma lógica restrita de transporte de mão de obra”.



Lucas Bragança, 24 anos, estudante de geografia e coordenador geral do DCE/UnB, afirma que o ato vem para reafirmar o direito ao passe livre estudantil. Ele observa que, durante as férias, os estudantes que não estão em aulas de verão ou em alguma atividade escolar não têm direito ao passe e acabam pagando a passagem. “Parece que, para o governo, os estudantes não são estudantes durante as férias. E a gente ainda tem que viver à mercê de uma passagem a R$ 5,50”, queixa-se. 

Lucas afirma que esse aumento afeta toda a população que depende do transporte público do DF, já que, sem os passes, os alunos têm que pagar do próprio bolso. “Se o governo ameaça o passe estudantil, essa conta vai chegar para o pai ou a mãe desse aluno.” Assim, além de pedir a diminuição da tarifa, o DCE deseja reforçar e reassegurar o direito ao passe livre para estudantes.

Em 14 de janeiro, um dia após o reajuste de passagens implementado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, o Movimento Passe Livre organizou uma manifestação estudantil contra o aumento das passagens. O ato foi pacífico e aconteceu na W3 Sul e seguiu até a Rodoviária do Plano Piloto. 


Histórico do aumento

O aumento de 10% nas passagens de ônibus e metrô do DF começou a valer em 13 de janeiro. Na época, em entrevista ao Correio Brasiliense, Ibaneis disse o reajuste da tarifa era "necessário para melhorar as contas e manter o sistema em pleno funcionamento”. 

No dia 15, parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) protocolaram ação popular na 4ª Vara da Fazenda Pública do DF contra a medida. Porém o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) negou o pedido. No mesmo dia, o governo anunciou redução de R$ 0,05 centavos, após passageiros reclamarem da dificuldade no troco. 
 
  
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa