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Professores da UnB aderem à greve de 18 de março

Mais de 40 universidades federais estarão paralisadas na data como forma de manifestação. Greve será unificada com todas as Centrais Sindicais

Os professores da Universidade de Brasília (UnB) decidiram, em Assembleia Geral, no auditório da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB), aderir à greve geral de 18 de março. A decisão foi tomada em unanimidade por 170 docentes que estavam na reunião, que ocorreu na última quarta-feira (11). Mais de 40 universidades federais estarão paralisadas na data. 
 
Os docentes votaram, ainda, pela criação de uma Greve Geral da Educação, que será feita em conjunto com as demais entidades do setor e do serviço público. A categoria se une contra os cortes nos salários; o aumento da alíquota previdenciária; a PEC Emergencial, que ameaça cortar 25% dos salários dos servidores, além de medidas como o programa Future-se e a Medida Provisória 914/2019, que ataca a autonomia universitária e o processo democrático ao interferir na escola dos reitores e diretores. 

“Nessa greve, nós que atuamos nas comunidades universitárias atacadas constantemente pelo atual governo, buscamos lutar pela educação pública, que tem sofrido cortes e contingenciamentos. Nós queremos manter as pesquisas, ensino e as inovações em pleno funcionamento e, assim, contribuir com a soberania nacional”, declara o vice-presidente da ADUnB, Jacques de Novion. 

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Antonio Gonçalves, a participação na greve do dia 18 e a construção da Greve Geral da Educação já foi confirmada por 24 Seções Sindicais. A Assembleia do dia 11 teve a participação da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do Diretório Central dos Estudantes Honestino Guimarães (DCE/UnB).
 
 
 
Greve é manatida no DF
 
A greve geral da quarta-feira (18) está mantida em todo o Distrito Federal (DF). Em uma reunião feita na última sexta-feira (13) na Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF), com grande participação das centrais sindicais e movimentos sociais, foi tomada a decisão de manutenção da mobilização.  
 
As entidades participantes entenderam que o ato que ocorreria na Esplanada dos Ministérios é apenas um dos aspectos da paralisação, e a sua efetividade será avaliada coletivamente no fim da tarde desta segunda-feira (16). A avaliação levará em conta o quadro em relação à Covid-19 (coronavírus) e ao decreto do governo do DF, que suspendeu a realização de eventos com grande aglomeração de pessoas até a próxima segunda-feira (23). 

A partir da avaliação, será definido de que forma a classe trabalhadora poderá fazer com este dia mantenha seu objetivo, que é o de defender a educação pública.  Os encaminhamentos de como ocorrerão os atos pelas redes sociais também serão definidos após esta reunião.

Na reunião, foi decidido, ainda, protocolar, no Congresso Nacional, um ofício pedindo a suspensão de todas as Propostas de Emenda Constitucional (PEC) que prejudiquem a saúde, educação e os servidores públicos. As entidades também reivindicaram a priorização do fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para combater a pandemia do coronavírus.