Correio Braziliense
postado em 28/04/2020 14:52
Nesta terça-feira (28/4), a Universidade de Brasília (UnB) lançou, durante live no canal da UnBTV no YouTube, pesquisa sobre os impactos econômicos da UnB no Distrito Federal e no Brasil. O estudo mostra que a universidade é responsável por cerca de 45 mil empregos no DF. Considerando o impacto da instituição em todo o Brasil, a Universidade de Brasília gera em torno de 53 mil vagas de emprego.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se a universidade não existisse, a taxa de desemprego na região do Distrito Federal subiria de 13,2% para 16,9%. Em 2019, a UnB contribuiu para a movimentação de R$ 4,2 bilhões na produção de bens e serviços, com destaque para os setores de alimentação e imóveis.
Além disso, o estudo revela que a universidade retorna à economia cerca de R$ 700 milhões a mais do que nela é investido, pois, de toda a renda gerada na região no ano passado, cerca de R$ 2,4 bilhões vêm da instituição, o que corresponde a 1% do PIB (Produto Interno Bruto) local.
Esteve presente na live, a reitora da instituição, Márcia Abrahão Moura, que destacou a importância da Universidade de Brasília. “Além de todo o retorno que damos para sociedade, em termo de pesquisa, ensino e extensão, toda a comunidade acadêmica contribui muito para o PIB do Distrito Federal e do Entorno”, pontuou a reitora.
A doutoranda em economia aplicada da UnB e uma das responsáveis pelo levantamento de dados do estudo Maria Carolina Correia Marques enfatiza que o impacto da UnB é bem maior se forem considerados ainda outros aspectos, como a formação de profissionais. “Existem muitas dimensões para olhar quando a gente vai avaliar o impacto de uma universidade. Esse estudo está olhando apenas uma faceta do impacto total da UnB, que é o impacto da demanda gerada pela presença da universidade no Distrito Federal”, afirma.
O estudo foi feito, a pedido do Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO), por pesquisadores da Faculdade de Administração, Contabilidade, Economia e Gestão de Políticas Públicas (Face/UnB) e da Universidade Federal de Itajubá (Unifei).
Foram aplicadas duas técnicas para a execução do estudo. A primeira foi feita diretamente com estudantes e servidores, para analisar o gasto médio e a estrutura de consumo. Participaram da pesquisa 1.203 estudantes, sendo 315 deles vindos de fora do DF, e 395 servidores. Na segunda parte do estudo, os pesquisadores fizeram a aplicação da matriz de insumo e produto, que possibilita mapear as relações setoriais na economia.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa
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