Ensino_EnsinoSuperior

DF tem maior taxa de escolarização líquida do país no ensino superior

Nesta quinta-feira (21/5), Semesp divulgou pesquisa sobre o mapa do ensino superior no Brasil. Os dados também mostram crescimento de matrículas na modalidade EAD

Correio Braziliense
postado em 21/05/2020 14:58
Nesta quinta-feira (21/5), o Instituto Semesp divulgou pesquisa sobre mapa do ensino superior no Brasil. De acordo com os dados obtidos, o Distrito Federal tem a maior taxa de escolarização líquida do país (33,5%), que estima o percentual de jovens entre 18 e 24 anos matriculados no ensino superior em relação ao total da população na mesma faixa etária. O DF é a única unidade da federação que atende a meta 12 do Plano Nacional de Educação, que estabelece uma taxa de escolarização líquida de 33% para 2024. A média geral brasileira é de 17,9%.

DF apresenta maior taxa de escolarização líquida do país no ensino superiorOs dados também mostram crescimento de matrículas na modalidade EAD no Brasil. Entre 2009 e 2018, os cursos EAD tiveram aumento de 145%. De 2017 para 2018, o setor registrou salto de 16,9%. Mas o aumento das matrículas na modalidade EAD não tem contribuído para o aumento da taxa de escolarização líquida, porque o setor atinge um público de faixa etária mais velha, que não conseguiu acessar o ensino superior quando jovem.

No entanto, Rodrigo Capelato, diretor-executivo da Semesp, afirma que o EAD não está substituindo a modalidade de cursos presenciais. “Se fala muito do EAD, mas o grande volume de matrículas ainda está nos cursos presenciais. Eu tenho muito receio quando falam que a modalidade presencial morreu, mas o sistema EAD como um todo não tem crescido, como confirma a estagnação da taxa de escolarização líquida em 17,9%”, analisa.

Crescimento do número de matrículas na modalidade de curso EADCom a suspensão de aulas presenciais devido à pandemia de covid-19, o diretor-executivo da Semesp destaca que o novo modelo presencial, com aulas remotas ao vivo, que é diferente da modalidade EAD que tem aulas gravadas, pode atrair o público mais jovem. “Essas mudanças que estamos vivendo possibilitam um novo tipo de curso, com foco no presencial só para aulas práticas e investimento em laboratórios, por exemplo”, aponta.

Desigualdade

O levantamento mostra também que apenas 10,5% dos jovens entre 18 e 24 anos de famílias com renda até meio salário mínimo têm acesso à graduação. Os estudantes dessa mesma faixa etária de renda domiciliar de mais de oito salários mínimos tem maior condição de cursar o ensino superior, cerca de 61,9%.

No entanto, no comparativo entre 2010 e 2018, percebe-se evolução na diversidade dos alunos. Rodrigo Capelato afirma que essa evolução é atribuída a programas de políticas de cotas na rede pública e programas de financiamento estudantil, como o Fies, nas instituições particulares.

Saiba mais

O Mapa de Ensino Superior no Brasil oferece um panorama completo sobre a educação superior das redes pública e privada do país. Além da pesquisa de toda a federação, o levantamento conta com dados por regiões, estados e suas microrregiões.

Para ter acesso ao mapa, basta entrar no site.

*Estagiária sob supervisão da editora Ana Sá

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags