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Estudantes fazem segunda onda de protestos pela educação

"Para nós é um grande inimigo da educação", declara presidente da Ubes sobre ministro da Educação. Manifestações virtuais também reivindicam a criação de um novo Fundeb permanente

Correio Braziliense
postado em 29/05/2020 18:35
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) realiza neste sábado (30) uma segunda onda de protestos virtuais, com hashtags e divulgação de materiais e pesquisas em prol da educação. O já tradicional ‘Tsunami da educação’ reivindica a criação de um novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), além da queda do ministro da Educação, Abraham Weintraub, e os protestos ainda se estendem aos cortes orçamentários nas universidades federais.
 
Estudantes querem a criação de um Fundeb permanente 
Rozana Barroso, presidente da Ubes, chama a atenção para os desafios que a educação pública enfrenta no Brasil. “O Fundeb termina este ano e nós colocamos a necessidade da aprovação de um fundo permanente em defesa da educação básica”, declara. Os estudantes querem pressionar deputados para colocarem o tema em debate. “Como nós vamos sair dessa pandemia? É muito importante que se pense como vai ficar a educação”.

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Na sexta-feira (22) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, decidiu tornar público o vídeo da reunião ministerial em que o presidente, Jair Bolsonaro, declarava a  necessidade de intervir na Polícia Federal. Durante a reunião, o ministro da Educação, Abraham Weintraub declarou odiar o termo ‘povos indígenas’ e disse que iria “acabar com esse negócio de povos e privilégios”.


Rozana diz que para os estudantes a fala do ministro é um ataque a democracia e a educação. “O fora Weintraub é por conta dos absurdos que ele tem falado. Atacou nossa democracia, disse absurdos sobre os povos indígenas... para nós ele é um grande inimigo da educação”.

Repercussão nas redes

A repercussão das falas do ministro e a preocupação com o futuro da educação brasileira começa a tomar conta das redes, mesmo antes da data marcada pela Ubes. Confira:








Future-se

O Future-se surgiu, segundo o Ministério da Educação (MEC), como uma tentativa de aumentar a autonomia financeira das universidades e dos institutos federais, que poderiam ter mais liberdade para receber, por exemplo, doações ou outros recursos por meio do fomento ao empreendedorismo.

O texto do projeto de lei que propõe o programa Future-se nas universidades públicas foi enviado em meio a pedidos pelo adiamento das inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 
 


*Estagiária sob supervisão de Ana Sá

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