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Após expulsar 15 por fraude em cotas, UnB investiga outros 100 alunos

Esta foi a primeira vez que a universidade desligou alunos por terem fraudado cotas, mas as investigações continuam

Correio Braziliense
postado em 16/07/2020 12:00

Esta foi a primeira vez que a universidade desligou alunos por terem fraudado cotas, mas as investigações continuamA Universidade de Brasília (UnB) está apurando mais 100 denúncias de alunos que podem ter fraudado o sistema de cotas para entrar na instituição. A informação foi confirmada pela UnB. Na última terça-feira (14/7), a instituição informou que expulsou 15 estudantes após constatar que houve fraude na forma de ingresso

 

Esta foi a primeira vez que a UnB desligou estudantes por fraude no sistema e ocorre na mesma semana em que a Universidade de São Paulo (USP) também tomou a decisão inédita de expulsar um estudante pelo mesmo motivo. De acordo com a UnB, a decisão foi tomada em âmbito administrativo e os alunos ainda podem acionar o Conselho Universitário, colegiado máximo da instituição. 

 

Saiba Mais

A investigação que levou a essa decisão inédita teve início em 2017. Quanto às novas investigações, a UnB explicou que está aberta a receber denúncias, por meio da ouvidoria, e que atualmente cerca de 100 denúncias estão em fase de investigação preliminar pelo Decanato de Ensino de Graduação. Caso seja verificado indício de fraude, a instituição abrirá processo de sindicância. 

Pioneira 

A Universidade de Brasília foi a primeira do Brasil a aderir ao sistema de cotas. No segundo semestre  de 2004, pela primeira vez, cerca de 450 alunos tiveram direito a 5% do total de vagas. Os efeitos já foram sentidos em 2017, quando o número de ingressantes que se autodeclaravam negros atingiu os 33,53%, segundo levantamento do Decanato de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO). 

 

Todas as instituições de ensino superior federais passaram a ser obrigadas a ter reserva de pelo menos 50% das vagas somente em 2012, por meio da Lei de Cotas. Com a legislação, o direito passou a ser estendido também para estudantes de baixa renda, mesmo que brancos. 

 


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