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Comunidade escolar realiza ato simbólico em frente à reitoria do IFB

Na manhã desta quinta-feira (16/7), servidores e estudantes do Instituto Federal de Brasília protestaram contra o retorno remoto das atividades

Correio Braziliense
postado em 16/07/2020 20:59
Na manhã desta quinta-feira (16/7), estudantes e servidores do Instituto Federal de Brasília (IFB) realizaram ato simbólico contra o retorno das atividades letivas em frente ao prédio da reitoria, localizada no Setor de Autarquias Sul.
 
A manifestação teve o objetivo de mostrar o descontentamento da comunidade do instituto com a aprovação da resolução n°20/20, que prevê o retorno do calendário acadêmico por meio de atividades não presenciais. 
 
Servidores se preocupam- com a volta às aulas em ensino remoto emergencial 
A comunidade relata angústia em relação ao ensino remoto emergencial, com a possibilidade de evasão de alunos devido a dificuldades, com relação a acesso à internet, material para acompanhar as aulas, qualidade do ensino e inclusão, uma vez que o Instituto Federal de Brasília oferece também ensino médio integrado ao técnico.
 
"Em parte das casas dos alunos, só há um computador para duas ou até três pessoas em ensino remoto tendo de usar o mesmo equipamento. Temos casos de alunos que só têm um celular em casa e há os que estão passando fome. É muito complicado", relata Camila Cunha, coordenadora do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe Brasília).
 
Comunidade promoveu ato simbólico em frente a reitoria 
O Sinasefe, responsável por organizar o ato, também protocolou na reitoria do IFB manifesto escrito de forma conjunta pela comunidade acadêmica.  Nele, os sindicalistas explicam que a adoção de atividades remotas não vai garantir a mesma qualidade de ensino que é ofertada nos institutos federais presencialmente. 
 
 

“Nós temos, sim, que manter contato com o aluno, oferecer conteúdo, filmes, entre outras metodologias. Mas não podemos, neste momento, seguir uma lógica conteudista. Com avaliações, controles, planilhas...", alerta Camila.
 
"Se estivéssemos em meio à Segunda Guerra Mundial ou à Guerra do Vietnã, o calendário acadêmico estaria suspenso, mas estamos em meio a uma guerra invisível, com quase 75 mil mortos", compara.
 
"Não vemos bombas nem destroços, mas temos muitas famílias em luto e muitas pessoas doentes. Retornar às atividades nesse momento vai promover mais exclusão e afastamento”, lamenta.

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