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MEC autoriza aulas remotas em institutos federais até o fim do ano

A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (4). Institutos podem optar por aulas a distância ou reposição da carga horária

Correio Braziliense
postado em 04/08/2020 17:47
Em razão da pandemia do coronavírus, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a suspensão de aulas presenciais em instituições federais de ensino médio técnico e profissional até 31 de dezembro de 2020. Até lá, as aulas serão substituídas por atividades a distância. A portaria de autorização foi publicada hoje (4) no Diário Oficial da União e entra em vigor a partir desta quarta-feira (5/8).
A portaria prorroga a suspensão de aulas dos cursos técnicos e profissionais das instituições federais 

As instituições poderão optar pelas aulas remotas ou pela reposição da carga horária. As que optarem por prosseguir o semestre remotamente deverão disponibilizar aos estudantes apoio, equipamentos e ferramentas necessárias para a continuidade dos estudos. Os estudantes de cada curso deverão ser comunicados sobre o plano de atividades com antecedência mínima de quarenta e oito horas da execução das atividades.

De acordo com a portaria, estágios e práticas laboratoriais também poderão ser feitas à distância.

Em julho, o MEC já havia autorizados as aulas não presenciais em instituições federais de ensino superior até 31 de dezembro de 2020.

Posicionamento do Sinasefe

No Distrito Federal, o Instituto Federal de Brasília (IFB) iníciou  as aulas remotas na última segunda-feira (3), mas, de acordo com Camila Tenório Cunha, coordenadora docente da sessão Brasília do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) o retorno remoto ainda é um grande problema, tanto para os alunos quanto para professores do instituto, principalmente aos que têm acesso mínimo ou nulo às plataformas digitais. “O mais prudente seria o adiamento das aulas”, afirma.
 
Sinasefe continua a favor da suspensão total do calendário do IFB, retomado na segunda (3/8) 

A coordenadora, que também é docente no IFB, citou a volta repentina das aulas e a dificuldade de conciliar e transformar aulas práticas, antes feitas presencialmente, em aulas teóricas, feitas em casa. “As minhas aulas são muito mais práticas que teóricas e, de repente, eu tive que transformar toda a minha disciplina em teoria. Isso em poucos dias.”, relata. 

Outros professores do instituto, segundo Camila, também relataram grandes dificuldades em razão da retomada do calendário acadêmico de forma remota.  
A Universidade de Brasília (UnB) terá a retomada remota em 17 de agosto, mas a atitude também não agrada os estudantes e foi motivo de petição on-line para que a volta seja suspensa.  
 
*Estagiária sob supervisão de Ana Sá 

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