Estagio

CIEE: período de férias é a melhor época para procurar estágio

Projeção para o primeiro trimestre de 2020 é de 3,5 mil vagas. Levantamento do CIEE também aponta que postos para menor aprendiz vêm aumentando

Eu, Estudante
postado em 27/11/2019 20:19
O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) divulgou, nesta quarta-feira (27), o Boletim Estatístico Anual. Em coletiva de imprensa, o superintendente Nacional de Operações, Marcelo Gallo, e o superintendente Geral do CIEE, Humberto Casagrande, traçaram um panorama das vagas de estágio no país e também falaram sobre a evolução do programa Aprendiz Legal.

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Os números apresentados mostram que de janeiro a outubro de 2019, houve um aumento de 3,7% no número de vagas abertas para estagiários e aprendizes. O número de contratos efetivados também subiu, com índice de 1,3%. A expectativa é de que haja 85 mil vagas abertas nos primeiros três meses de 2020 em todo o país, sendo 3,5 mil só no DF.

;É interessante destacar que muitos estudantes pensam que no período das férias, não é bom, não é propício para conseguir uma vaga. Pelo contrário, é um período bastante interessante para quem está procurando sua inserção no mercado de trabalho. Não deixe de nos procurar nesse período, porque é um período que ofertamos muitas vagas. São vagas novas, são vagas de reposição também. E as contratações acontecem sempre no primeiro trimestre, o maior volume de vagas que nós temos é no primeiro trimestre;, ressalta Marcelo Gallo.

Estagiários

O centro também divulgou um perfil dos estagiários cadastrados na base de dados. Por recorte de raça, a maioria é negro ; com 40,8% pardos e 8,2% de pretos. O índice de estudantes brancos é de 30,7%, enquanto amarelos e indígenas somam 1,7% e 0,2%, respectivamente. Outros 18,4% não quiseram declara etnia.

Quanto ao gênero, as mulheres saem na frente, ocupando 65% das vagas. Os cursos que mais têm alunos cadastrados são direito, pedagogia, administração, engenharia civil e ciência da computação. O superintendente Geral do CIEE, Humberto Casagrande, revelou que é preciso pensar estratégias para que os alunos se interessem pelos cursos de exatas.

;O Brasil corre o risco de um apagão de mão de obra, porque a gente tem uma formação da juventude bastante assimétrica. O que a gente pode fazer com isso é desenvolver mecanismos para incentivar o jovem a estudar um pouco mais de exatas. O assunto é complexo, ele não é linear, não é uma resposta simples, entretanto, um desses assuntos que me parece muito claro é que o ensino de exatas não é um ensino amigável. O que significa isso? É que os professores não conseguem fazer o ensino de uma forma mais lúdica que atraia mais os jovens;, colocou.

Aprendiz

Os representantes do CIEE também se mostraram bastante otimistas em relação ao programa de aprendizagem, o chamado Aprendiz Legal. ;Tivemos um crescimento e estamos otimistas para o ano que vem, porque a economia dá sinais de reação. No campo dos aprendizes nosso objetivo é fazer crescer o cumprimento da lei. Hoje deveríamos ter em torno de 1 milhão de aprendizes e temos só 500 mil. Ou seja 50% das empresas cumprem a lei;, afirmou o superintendente Geral.

Para os palestrantes, é mais importante melhorar a lei atual, que está prestes a completar 20 anos, do que criar outros mecanismos. ;É uma lei que tem 20 anos de atuação, acumulou uma experiência muito grande, e é muito efetiva, apostando na formação de cidadãos que vão aprender o trabalho de forma mais profunda dentro da empresa. Apostamos muito no mercado da aprendizagem, porque entendemos que esse pode ser um grande caminho para tratar o tema.;

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